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sexta-feira, 20 de julho de 2012

A Virtude


A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que
constituem o homem de bem. Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades
do homem virtuoso. Infelizmente, quase sempre as acompanham pequenas enfermidades
morais que as desornam e atenuam. Não é virtuoso aquele que faz ostentação da sua virtude,
pois que lhe falta a qualidade principal: a modéstia, e tem o vício que mais se lhe opõe: o
orgulho. A virtude, verdadeiramente digna desse nome, não gosta de estadear-se. Adivinhamna;
ela, porém, se oculta na obscuridade e foge à admiração das massas. S. Vicente de Paulo
era virtuoso; eram virtuosos o digno cura d'Ars e muitos outros quase desconhecidos do
mundo, mas conhecidos de Deus. Todos esses homens de bem ignoravam que fossem
virtuosos; deixavam-se ir ao sabor de suas santas inspirações e praticavam o bem com
desinteresse completo e inteiro esquecimento de si mesmos.

À virtude assim compreendida e praticada é que vos convido, meus filhos; a essa
virtude verdadeiramente cristã e verdadeiramente espírita é que vos concito a consagrar-vos.
Afastai, porém, de vossos corações tudo o que seja orgulho, vaidade, amor-próprio, que
sempre desadornam as mais belas qualidades. Não imiteis o homem que se
apresenta como modelo e trombeteia, ele próprio, suas qualidades a todos os ouvidos
complacentes. A virtude que assim se ostenta esconde muitas vezes uma imensidade de
pequenas torpezas e de odiosas covardias.

Em princípio, o homem que se exalça, que ergue uma estátua à sua própria virtude,
anula, por esse simples fato, todo mérito real que possa ter. Entretanto, que direi daquele cujo
único valor consiste em parecer o que não é? Admito de boamente que o homem que pratica
o bem experimenta uma satisfação íntima em seu coração; mas, desde que tal satisfação se
exteriorize, para colher elogios, degenera em amor-próprio.

O vós todos a quem a fé espírita aqueceu com seus raios, e que sabeis quão longe da
perfeição está o homem, jamais esbarreis em semelhante escolho. A virtude é uma graça que
desejo a todos os espíritas sinceros. Contudo, dir-lhes-ei: Mais vale pouca virtude com
modéstia, do que muita com orgulho. Pelo orgulho é que as humanidades sucessivamente se
hão perdido; pela humildade é que um dia elas se hão de redimir. François-Nicolas-
Madeleine. (Paris, 1863.)

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 17.  item 8. Livro eletrônico gratuito em  http://www.febnet.org.br.


* * * Estude Kardec * * *

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