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terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Fim de ano...
se tudo dé certo voltaremos no proximo ano, com um novo visual, com novas matérias e muito mais.
Aproveitamos a oportunidade pra desejar a todos um feliz 2009, que a paz de Deus permaneça em nossos corações par a que possamos encarar nossos obstáculos q virão pela frente.
tudo de bom a todos e até 2009.
E já é Ano Novo, outra vez
É comum as pessoas elaborarem suas listas de bons propósitos para o novo ano.
Mesmo sabendo que o tempo somente existe em função dos movimentos estabelecidos pelo planeta em que nos encontramos, é interessante essa movimentação individual, toda vez que o novo período convencional de um ano reinicia.
Mas, falando de lista de bons propósitos, já se deu conta que, quase sempre, esquecemos o que listamos?
Alguns até esquecemos onde guardamos a tal lista, o que atesta da pouca disposição em perseguir os itens elencados.
Ano Novo deve ter um significado especial.
Embora o tempo seja sempre o mesmo, essa convenção se reveste de importância na medida em que, nos condicionando ao início de uma etapa diferente, renovada, sintamo-nos emulados a uma renovação.
Renovação de hábitos, de atitudes, como estar mais com a família, reorganizando as horas do trabalho profissional.
Importar-se mais com os filhos, lembrando-se de não somente indagar se já fizeram a lição, mas participar, olhando, lendo as observações feitas pelos professores nos cadernos, interessando-se pelos conteúdos disciplinares.
Sair mais com as crianças. não somente para passeios como a praia, a viagem de férias.
Mas, no dia a dia, um momento para um lanche e uma conversa, uma saída para deliciar-se com um sorvete.
Outros, para só ficar olhando a carinha lambuzada de chocolate, literalmente afundando-se na taça de sorvete.
Outros, mais longos, para acompanhar o passo vacilante de quem está aprendendo a andar.
Uma tarde para um papo com os que já estão preparando a mochila para se retirar do cenário desta vida, quem sabe, nos próximos meses?
Isto é viver Ano Novo. Sair com amigos, abraçar amigos, sorrir pelo simples prazer de sorrir.
Trocar e-mails afetuosos, não somente os corriqueiros que envolvam decisões e finanças. Usar o telefone para dar um olá, desejar boa viagem, feliz aniversário!
Bom, você também pode fazer propósitos de comer menos doces ou diminuir os carboidratos da sua dieta, visando melhor condição de vida ou simplesmente adequar seu peso.
Também pode pensar em mudar o visual. Quem sabe modificar o corte de cabelo, tentar pentear para outro lado, fazer uma visita ao dentista.
E é claro, um bom check-up. Porque cuidar da saúde é essencial.
Bom mesmo é não esquecer de formular propósitos para sua alma.
Assim, acrescente na lista: estudar mais, ler mais, entender mais o outro, devotar-se a um trabalho voluntário, servir a alguém com alegria e bom ânimo.
Com certeza, cada um terá outros muitos itens a serem acrescentados à lista.
Até mesmo coisas simples como alterar os roteiros de idas e vindas do trabalho-lar-escola.
Ou coisas mais complicadas, como se dispor a pensar um pouco no outro e não exclusivamente em si, no relacionamento a dois.
Imprescindível, no entanto, é que você coloque a lista à vista, para olhar muitas vezes, durante todo o novo ano.
Importante que se lembre de lê-la, para ir acompanhando o que já conseguiu e onde ou em que ainda precisa investir mais, insistindo, até a vitória.
Seja este Ano Novo o ano de concretas realizações na sua vida!
Redação do Momento Espírita. Em 29.12.2008.
domingo, 28 de dezembro de 2008
O menino do Natal
Com seis dias de vida ele chegou. E porque fosse próximo ao Natal, logo foi chamado de Nosso menino do Natal.
Logo em seguida, o casal foi surpreendido com dois filhos biológicos.
O menino do Natal, contudo, era muito especial. Natal era mesmo com ele.
Era ele que se esmerava na decoração da árvore de Natal, que elaborava a lista de presentes, não esquecendo ninguém.
Era pura felicidade. Natal era família, era orar e entoar cânticos.
No seu 26º Natal, ele se foi, tão inesperadamente quanto chegou. Morreu num acidente de carro, logo depois de estar na casa dos pais e decorar a árvore de Natal.
A esposa e a filhinha o aguardavam em casa. Ele nunca voltou.
Abalados pelo luto, os pais venderam a casa e se mudaram para outro Estado.
Dezessete anos depois, envelhecidos e aposentados, resolveram retornar à sua cidade de origem.
Chegaram à cidade e olharam a montanha. Lá estava enterrado seu filho. Lugar que jamais conseguiram visitar.
O filho do casal morava em outro Estado. A filha viajava, em função de sua carreira.
Então, próximo do Natal, a campainha da porta soou. Era a neta. Nos olhos verdes e no sorriso, via-se o reflexo do menino do Natal, seu pai.
Atrás dela vinham a mãe, o padrasto, o meio-irmão de dez anos.
Vieram decorar a árvore de Natal e empilhar lindos embrulhos de presentes sob os galhos.
Os enfeites eram os mesmos que ele usava. A esposa os havia guardado, com carinho, para a sogra.
Depois foi convite para ceia e para comparecerem à igreja. A neta iria cantar um solo.
A linda voz de soprano da neta elevou-se, fervorosa e verdadeira, cantando Noite Feliz. E o casal pensou como o pai dela gostaria de viver aquele momento.
A ceia, em seguida, foi cheia de alegria. Trinta e cinco pessoas. Muitas crianças pequenas, barulhentas.
O casal nem sabia quem era filho de quem. Mas se deu conta de que uma família de verdade nem sempre é formada apelas pelo mesmo sangue e carne.
O que importa é o que vem do coração. Se não fosse pelo filho adotado, eles não estariam rodeados por tantos estranhos, que se importavam com eles.
Mais tarde, a neta os convidou para irem com ela a um lugar onde costumava ir.
Foi em direção às montanhas, ao túmulo do seu pai. Ao lado da lápide, havia uma pedra em formato de coração, meio quebrada, pintada pela filha do casal.
Ela escrevera: Ao meu irmão, com amor.
Em cima do túmulo, uma guirlanda de Natal, enviada, como todos os anos, pelo outro filho.
Então, em meio a um silêncio reconfortante, a jovem soltou a voz, bela como a de seu pai.
Ali, nas montanhas, ela cantou Joy to the world. E o eco repetiu diversas vezes.
Quando a última nota se ouviu, o casal sentiu, pela primeira vez desde a morte do filho adotado, um sentimento de paz, de continuidade da vida.
Era a renovação da fé e da esperança. O real significado do Natal lhes havia sido devolvido.
Graças ao menino do Natal...
* * *
A verdadeira família é a que se alicerça em laços de afeto.
Não importa se os filhos são gerados pelos pais ou se chegam por vias indiretas.
O que verdadeiramente importa é o amor. Esse suplanta o tempo, a morte. Existe sempre.
Redação do Momento Espírita com base no cap. Nosso menino do natal, de Shirley Barksdale, do livro Histórias para aquecer o coração das mulheres, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthorne e Marci Shimoff, ed. Sextante.Em 19.12.2008.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Aniversário
sábado, 20 de dezembro de 2008
Os que choram
O dia longo murchava lentamente, abafado, enquanto o sol, semi-escondido além dos picos altaneiros, incandescia as nuvens vaporosas...
A montanha, de suave aclive, terminava em largo platô salpicado de árvores de pequeno porte, que ofereciam, no entanto, abrigo e agasalho,
Desde cedo a multidão afluíra para ali, como atraída por fascinante expectativa.
Eram galileus da região em redor: pescadores, agricultores, gente simples e sofredora, sobrecarregada e aflita.
Ouviram-No e O viram mais de uma vez, e constataram que jamais alguém fizera o que Ele fazia ou falara o que Ele falava...
O evangelista Mateus assevera: e Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte...
Vestiu-se de poente e recitou os versos encantadores das Bem-aventuranças – a lição definitiva. O consolo supremo.
De Seu excelso canto, ouvimos:
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados!
O olho é a candeia do corpo, e todos os olhos cintilam. Lágrimas coroam-nos.
A figura do Rabi é ouro refletido contra o céu longínquo, muito claro.
Todos nós temos lágrimas acumuladas e muitos as temos sem cessar, nas rudes provações, oculta ou publicamente.
Longa é a estrada do sofrimento. Rudes e cruéis os dias em que se vive.
Espíritos ferreteados pelo desconforto e desassossego, corações despedaçados, enfermidades e expiações...
Todos choram e experimentam a paz refazente que advém do pranto.
Crêem muitos que o pranto é vergonha, esquecidos do pranto da vergonha.
Dizem outros que a lágrima é pequenez que retrata fraqueza e indignidade.
A chuva descarrega as nuvens e enriquece a Terra. Lava o lodo e vitaliza o pomar.
A lágrima é Presença Divina.
Quando alguém chora, a Justiça Divina está abrindo rotas de paz nas províncias do Espírito para o futuro.
O pranto, porém, não pode desatrelar os corcéis da rebeldia para as arrancadas da loucura.
Não pode conduzir, como enxurrada, as ribanceiras do equilíbrio, qual riacho em tumulto semeando a destruição, esfacelando as searas.
Chorar é buscar Deus nas abrasadas regiões da soledade.
A sós e junto a Ele.
Ignorado por todos e por Ele lembrado.
Sofrido em toda parte, escutado pelos Seus ouvidos.
O pranto fala o que a boca não se atreve a sussurrar.
Alguém chorando está solicitando, aguardando.
Por estas palavras:Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados, Jesus aponta a compensação que hão de ter os que sofrem, e a resignação que leva o padecente a bendizer do sofrimento, como prelúdio da cura.
Também podem essas palavras ser traduzidas assim:
Deveis considerar-vos felizes por sofrerdes, visto que as dores deste mundo são o pagamento da dívida que as vossas passadas faltas vos fizeram contrair.
Suportadas pacientemente na Terra, essas dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura.
Deveis, pois, sentir-vos felizes por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis agora, o que vos garantirá a tranqüilidade no porvir.
domingo, 14 de dezembro de 2008
Quando eu tiver partido...
Desejo que você me recorde como aquela pessoa que esperou meses para que você desabrochasse no mundo.
E, quando lhe viu, pequenina, necessitada de tantos cuidados, teve outros tantos meses de sobressalto, constatando a sua fragilidade.
Desejo que você recorde que foi muito amada, desde o anúncio de sua concepção.
Nascida, foi amada pela beleza dos seus traços, pelo brilho dos seus olhos e pela graça de cada gesto seu.
Desejo que recorde que aguardei seus primeiros balbucios, com ansiedade, para que me dessem a certeza de que você podia dominar as palavras.
Que vibrei com cada conquista sua. Estive ao seu lado quando você foi juntando as letras e leu sua primeira frase. E seu primeiro livro.
Que a busquei na escola, nos dias de sol e de chuva. E, mais de uma vez, andei com você na chuva, porque você, criança, adorava andar na chuva.
Que se lembre das tantas vezes que a levei ao parque. Rolei com você na grama. Subi e desci morros porque você dizia que queria vencer a montanha. E nunca lhe disse que aquilo era só um pequeno morro.
Escalei a montanha, e atravessei o pequeno arvoredo, brincando de explorar florestas.
Quando eu não mais estiver ao seu lado, nesta vida, lembre que eu lhe acompanhei as vitórias na escola, na dança, na música.
Recorde dos meus aplausos, das lágrimas de felicidade, dos sorrisos e dos abraços.
Recorde das idas à Biblioteca, das pesquisas realizadas em conjunto, da busca nos livros e na Internet.
Eu espero que você tenha tudo guardado na sua lembrança. Os presentes escolhidos, os passeios programados, as idas ao cinema, a pipoca, o refrigerante, o lanche, o sorvete.
Eu espero, sobretudo, que você recorde das nossas conversas, dos comentários a respeito das cenas vistas e reprisadas.
Da emoção dos concertos e de como introduzi a boa música em sua vida, numa época em que você estava mais ligada em sons altos, ruído e agitação.
E de como você descobriu a música clássica, erudita e a beleza da música popular, regional, internacional, passando a apreciá-las, em tempo e momento devidos.
Espero que você recorde dos valores morais que exemplifiquei, dos diálogos com Deus de que lhe falei tantas vezes, espontâneos, brotando do coração.
Das preces que juntas fizemos, nas noites mal dormidas, nos dias de enfermidade, nos momentos de alegria.
Porque muito a amei, de onde eu estiver prosseguirei a velar por você. E isso eu desejo que você nunca esqueça.
O mundo poderá lhe apresentar espinhos e machucar seus sentimentos. O sucesso desejado poderá não chegar. Pessoas poderão lhe voltar as costas.
Mas, eu estarei velando por você porque o amor não fenece com o tempo, nem desaparece quando nos transferimos de um mundo para o outro.
Isso será muito importante que você não esqueça: do sentimento que jamais se extingue com o tempo, com a idade, com as alterações mais intensas ou mais profundas.
Por fim, espero que você me possa recordar com igual carinho e ternura com que lhe embalei os anos, os sonhos, as conquistas.
Porque far-me-á muito bem, onde eu esteja, receber as flores do seu coração, perfumadas, sedosas, dizendo que vivo em sua memória e na doçura da sua afeição.Redação do Momento EspíritaEm 05.11.2008.
Educação
Período Natalino, Dezembro...
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Desculpas...
Muita paz a todos.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Solidariedade
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Quem são nossos pais?
Nos primeiros anos nos sentimos dependentes deles. E, mesmo o simples fato de eles estarem a nos olhar, se constituía em segurança para nós.
Assim, aprendemos a andar, amparados pelos seus braços. Nossos machucados receberam curativos e beijos.
Aprendemos a andar de bicicleta, enfrentamos as ondas do mar, as águas da piscina.
Suas mãos nos conduziram à escola e quando fomos ali deixados pela primeira vez, pareceu que algo se quebrou dentro de nós.
Estaríamos sendo abandonados?
Contudo, ao final do dia, retornamos ao lar e aprendemos que a escola era somente um lugar para estar algumas horas.
Era um lugar para aprender, para fazer amizades, para crescer.
Mas sempre havia um lugar para voltar: nosso lar. O aconchego da família, a segurança paterna, o carinho materno.
À medida que os anos foram se somando, deixamos de ser dependentes. Andamos com nossos pés, agimos com nossa vontade, alçamos vôos mais altos, ou rasos.
E, alguns de nós, passamos a olhar os pais de forma diferente. Quem são eles para desejarem comandar a nossa vida?
Quem são eles para dizerem o que devemos ou não fazer?
Quem são?
Nossos pais são Espíritos que, quase sempre, guardam relações afetivas conosco de longa data. Amigos que aceitam nos receber como filhos, desejando encurtar distâncias entre nós e o progresso.
Espíritos que se dispõem a nos oferecer um corpo, a nos proteger, a nos amar.
Exceções existem, é verdade. Espíritos não tão amigos que se reencontram no cadinho doméstico para ajustes do pretérito um tanto nebuloso.
Mesmo assim, eles nos moldaram um corpo, permitindo-nos a reentrada no mundo carnal, e lhes devemos ser gratos.
Mas, se desejam saber aonde vamos, com quem vamos, nesses tempos de tanta violência, é porque conosco se preocupam.
Se nos estabelecem horários para o retorno ao lar, se nos procuram quando nos retardamos, é porque a nossa segurança os preocupa.
Se insistem conosco para que estudemos mais, nos esforcemos mais, é porque, mais experientes pela maturidade que ainda não temos, nos desejam ver galgar degraus de sucesso.
Se nos impõem disciplina, se nos exigem atitudes comedidas, é porque desejam colaborar com nosso progresso.
Para isso, Deus nos confiou à sua guarda.
E porque esse compromisso está registrado em sua memória espiritual, tanto quanto pelos laços de afeto que nos unem, eles se importam conosco.
Pensemos nisso e antes de reclamarmos tanto, olhemos nossos pais com gratidão.
Vivamos com eles o melhor possível. Afinal, não estarão sempre conosco.
É possível que logo mais eles se transfiram para a espiritualidade, cumprida sua missão.
Vivamos usufruindo o melhor da sua companhia, da sua sabedoria, dos seus afagos.
Amanhã, quando não estiverem mais conosco, teremos doces lembranças para alimentar a nossa saudade.
Um Achado...
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Essas pequenas histórias contêm profundos ensinamentos que o leitor ou o ouvinte gradualmente percebe.
Os séculos passam, mas as grandes lições não envelhecem, pois retratam a eterna luta da alma humana para libertar-se do primarismo evolutivo.
A Parábola do Filho Pródigo é uma dessas belas lições.
Como toda parábola, ela comporta diversas leituras, sempre ricas de ensinamentos.
O enfoque pode ser na generosidade do pai, sempre disposto a acolher com alegria o filho que se perdera.
Ou nas dores que o desfrutar das paixões provoca.
Mas um ponto interessante para reflexão reside no comportamento do filho que ficou em casa.
Em um primeiro momento, ele parece mais equilibrado do que o seu irmão.
Satisfeito com a disciplina da casa paterna, não se entusiasma com a perspectiva de festas e desfrutes.
Enquanto o denominado filho pródigo ganha o mundo, ele permanece vivendo de forma equilibrada.
Entretanto, esse equilíbrio é colocado à prova quando seu irmão retorna, sofrido e humilhado.
Então, em vez de se alegrar com o retorno do companheiro de folguedos infantis, ele se indigna.
Recusa-se a entrar em casa e a participar da festa.
Instado pelo pai a retificar o comportamento, dá mostras de rancor ao falar de sua prolongada obediência, a seu ver sem recompensas.
O filho que ficou em casa representa uma parcela muito significativa da Humanidade.
Trata-se das pessoas bastante focadas em viver sem escândalos, mas também sem generosidade.
Elas se esmeram em cumprir regras, em fazer o que parece correto, em termos pessoais ou sociais.
Contudo, o seu viver não tem bondade.
Porque conseguem domar algumas paixões, criticam asperamente quem a elas sucumbe.
Muitas chegam a desejar a dor e a desgraça para aquele que comete pequenos deslizes ou se permite viver de forma desregrada.
Essas pessoas, em sua severidade, não entendem o essencial das leis divinas.
Essas leis não existem para cercear todos os passos das criaturas.
Elas são um roteiro de liberdade e felicidade.
Uma vida digna e profícua é resultado da internalização dos códigos divinos.
Mas essa internalização é incompatível com um coração rancoroso e ressequido.
É preciso bondade e leveza para uma correta compreensão da Lei de Amor que rege os mundos.
Embora com necessidade de experiências diversas, todos os homens são irmãos e se assemelham, em sua essência.
Para viver em paz, urge identificar-se com o próximo e ser feliz com a felicidade dele.
A vida trata de providenciar as reparações e as lições necessárias.
O papel dos homens consiste no auxílio mútuo e na vivência da fraternidade.
Pense nisso.Redação do Momento EspíritaEm 30.10.2008.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Mundo Sem Aborto
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Entrevistados na X CONJERN
Apresentam vários motivos para os jovens de hoje. Se pararmos para pensar, o mundo hoje estar cheio de violência, decadência social, desafeto e etc... E um evento como a CONJERN revigora o pensamento desses jovens para esses assuntos, abre as mentes deles; eu costumo dizer que eventos assim servem de preparação para novos trabalhadores de casas espíritas, e o resultado é muito bom no final de tudo.
Anderson, Federação Espírita da Paraíba.
Podemos citar vários fatores, entre eles a integração entre os jovens e juventudes espíritas. A socialização e ideais espíritas, sem contar que um evento como a CONJERN aumenta os laços efetivos desses jovens.
Sandra Borba, Presidenta da Federação Espírita do RN.
É de lei natural que devemos viver em sociedade; através do diálogo conseguimos tirar dúvidas e aprender coisas que nem sabíamos que existiam. Quando um jovem encontra-se em outras realidades ele percebe que existe muito mais possibilidade e pessoas a se conhecer, encontram amores e desencontros, aprendem a evoluir.
Jucione, Centro Espírita Maria de Nazaré.
Em primeiro lugar, estudar o espiritismo. Em segundo lugar, é um encontro de espíritos reencarnados levando a frente os ensinamentos do messias prometido. E em terceiro lugar, a renovação do ânimo, e um reencontro entre amigos num evento tão bom como a CONJERN.
Édem, Federação Espírita do RN.
domingo, 16 de novembro de 2008
Nossos vizinhos
Assim é, por exemplo, com respeito a relacionamento com vizinhos.
A falta de respeito de algumas pessoas, que ultrapassam os limites do equilíbrio, tem gerado, é verdade, situações embaraçosas.
Mas, os conflitos humanos, impondo condutas de distanciamento, evitam a prática da fraternidade que sustenta os sentimentos e lhes dá vigor.
As comunicações virtuais, por sua vez, têm isolado as pessoas nos lares, afastando-as de convivência salutar.
Como conseqüência, passamos a sentir as dificuldades de convivência humana aumentarem.
Olhando para os nossos vizinhos de apartamento, de residência, damo-nos conta que raramente nos comunicamos.
Mesmo quando nos encontramos nos elevadores, nos parques, nas ruas, nossa comunicação se limita a frases curtas e respostas monossilábicas.
Assim, a família vai se fechando cada vez mais. E isso prejudica a educação dos filhos e a convivência agradável.
O homem é um ser gregário, por isso, a convivência com o próximo é uma necessidade de alta significação.
Estar com o outro, conviver com ele faculta o desenvolvimento da sensibilidade afetiva, que trabalha em favor dos sentimentos elevados do ser humano.
A vida social propicia entendimento fraterno, trabalho coletivo em favor da solução de problemas-desafios, que a todos atingem.
Na educação infantil, a convivência com vizinhos é importante.
Sem envolvimentos emocionais profundos entre as pessoas, que possam gerar conflitos, manter a boa vizinhança é altamente benéfico.
O vizinho, na condição do próximo menos distante, é oportunidade de convivência edificante, através da cordialidade, da urbanidade, do respeito.
Em se tratando de nossa criança, é importante estimulá-la a buscar a companhia dos amigos vizinhos, a se divertir com eles, estudarem juntos, resolvendo seus deveres escolares.
Tudo isso é significativo para a construção social.
Naturalmente, os pais estarão vigilantes, estabelecendo regras e critérios para que a convivência não se transforme em algo indisciplinado e constrangedor.
O vizinho, pela sua proximidade física, proporciona ensejo de amizade, permitindo o exercício da bondade, enquanto se trocam conhecimentos úteis.
Se os pais mantêm agradável convivência com os vizinhos, evitando comentários indevidos, censuras e reproches, os filhos os imitarão.
Isso porque a criança imita sempre os atos dos adultos, no lar, na rua, na escola.
Convivendo com nossos vizinhos, estimulando as crianças a fazerem o mesmo, estaremos contribuindo para uma valiosa conquista ética do grupo humano, que marcha para uma sociedade mais harmônica.
* * *
A educação, em si mesma, e particularmente a infantil é um trabalho de todo dia, de toda hora, e não apenas de momentos emocionais, carregados de afeto exagerado ou de agitação e desequilíbrio.
Desse modo, o diálogo contínuo, os esclarecimentos em vez das ordens e imposições, os bons exemplos serão a nota de importância na boa formação do caráter dos nossos filhos.
Pensemos nisso.
X CONJERN
Na ocasião, nós que somos responsáveis por este blog, fizemos a seguinte pergunta a alguns componentes da comição organizadora: "QUAL A IMPORTANCIA QUE UM EVENTO COMO A CONJERN TEM PARA OS JOVENS ESPÍRITAS DE HOJE?" para ver suas respostas clique no link abaixo . A intrevista foi feita por Hilton Alves.
http://informativoevangelizando.blogspot.com/2008/11/entrevistados-na-x-conjern.html
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
HIV Pode Desaparecer...
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Uma mensagem para refletir
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Mensagem da semana
Acusado pelo Tribunal dos Heliastas de não reconhecer os deuses que a cidade reconhecia e de corromper os jovens, com seus ensinos nobres, o septuagenário sábio tem seu corpo enjaulado por 40 dias.
Sim, seu corpo apenas, pois de seu Espírito jamais conseguiram sequer chegar perto seus acusadores.
Obviamente se tratava de uma condenação injusta. Injustiça dos homens, mas que o filósofo aceitou com tranqüilidade e segurança.
Seus discípulos, porém, não aceitaram tão facilmente assim, e chegaram a elaborar um plano de fuga para o mestre.
Tudo estava arranjado: compra de guardas, rota de fuga, navio. Sócrates poderia assim fugir com certa facilidade, graças aos amigos e admiradores.
A dificuldade única estava em convencê-lo de que deveria escapar.
Se me provarem por argumentos racionais, que devo fugir, fugirei. – Disse aos discípulos preocupados.
Assim ouviu o argumento da defesa da vida: Ora, viver é o mais importante! – clamaram entusiasmados.
Ao que ouviram como resposta: A única coisa que importa é viver honestamente, sem cometer injustiças, nem mesmo em retribuição a uma injustiça recebida.
Assim o mestre ateniense deixava claro que mais importante do que viver, seria bem viver, viver dignamente, sem ter a alma manchada pelos delitos.
Ninguém, nem os amigos e nem mesmo a esposa, que o visita uma última vez, com os filhos, conseguem convencê-lo a ir contra sua consciência.
Mais difícil é evitar o mal, pois ele corre mais rápido que a morte. – Afirmava também, procurando fazer com que todos entendessem que a morte não era o maior mal.
Platão narra que, finalmente, chega o carcereiro com a cicuta. Sócrates toma o veneno num gole só. Os amigos soluçam.
Ainda tem tempo de consolá-los em seus últimos segundos de vida corporal: Não, amigos, tudo deve terminar com palavras de bom augúrio: permanecei, pois, serenos e fortes.
* * *
Que alma honorável! Que postura impecável perante a vida e seus males...
O importante é bem viver... Sim, viver com honestidade, com honradez, dignamente.
A vida do corpo não é mais importante do que as virtudes da alma. Assim nos mostraram vários dos grandes Espíritos que encarnaram na Terra.
A vida do corpo de alguns lhes foi tirada, mas de nenhum deles se conseguiu matar virtudes, os seus ensinos ou a integridade de caráter.
Não estamos aqui, na Terra, para viver apenas – que fique bem claro aos bons vivants do mundo.
Estamos aqui para bem viver, para crescer e ajudar o mundo ao nosso redor a realizar seu progresso.
Tudo que nos ponha num sentido oposto a esse, deve ser repensado com urgência.
A única coisa que importa é viver honestamente, sem cometer injustiças, nem mesmo em retribuição a uma injustiça recebida.
Redação do Momento Espírita com base no livro
Apologia de Sócrates, de Platão, ed. Escala.
Em 28.10.2008.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Umbanda e Espiritismo
domingo, 2 de novembro de 2008
Tais foram Gandhi, o Apóstolo da não-violência; Madre Teresa de Calcutá, a Missionária da Caridade; Irmã Dulce, chamada Irmã dos Pobres.
Também se tem registros de criaturas com uma frágil capacidade de amar, que impõem condições onde a beleza física, a inteligência, a graça são requisitos imprescindíveis.
Assim, para a adoção, as crianças excepcionais ou que apresentem qualquer dependência, que não sejam dotadas de encantos físicos permanecem nos orfanatos, os olhos ansiosos, à espera de alguém que se lhes achegue e lhes dê um verdadeiro lar.
Muitas delas alcançam a maioridade em tais locais, sem jamais terem conhecido carinho familiar, aconchego doméstico.
Madre Teresa de Calcutá tinha sempre histórias interessantes a respeito. Seu exemplo cativava as criaturas que, à semelhança dela, se devotavam a seres considerados excluídos da sociedade, com especial cuidado.
Narrou ela que, certa vez, uma família de posse, pertencente à alta classe indiana, tendo visitado as obras das Missionárias da Caridade, interessou-se em levar uma criança abandonada, que vivia no lar.
Passados alguns meses, Madre Teresa soube que a criança ficara muito doente e inválida, apesar do carinho e atenção dos pais adotivos em lhe oferecer o melhor para sua cura.
Ela procurou a família e pediu que lhe devolvessem a criança e ela lhes daria outra, sadia.
O pai olhou para a servidora, sentindo que ela os queria poupar do sofrimento e afirmou:
Madre, tire-me primeiro a vida, depois leve minha filhinha.
Ele havia aprendido a amar a menina de todo o coração.
E assim é o verdadeiro amor. O amor sempre trabalha, construindo o mundo melhor.
O sábio que não ama se torna um monstro, aplicando indevidamente os conhecimentos de que se enriquece.
A inteligência, sem o amor, é uma arma perigosa nas mãos do desequilíbrio e das paixões inferiores.
Graças ao amor a jornada humana se torna menos áspera, mais ditosa, convidando o caminhante a prosseguir, sem desânimo, nem desistência, sem parar, até o momento final da vitória.
E o amor de Deus, que a tudo dá vida, é o convite para que o nosso amor vitalize uns aos outros, nessa aventura maravilhosa que é a do progresso, rumo às estrelas.
* * *
Madre Teresa de Calcutá foi capa da revista Time, que reserva suas capas a personagens célebres.
Madre Teresa destacou-se como desses mensageiros de amor e de esperança que, de tempos a tempos, enriquecem o planeta.
Os ideais de trabalho das Missionárias da Caridade estipulam que elas devem levar às crianças das favelas a imagem de Cristo como amigo dos pequenos.
Elas ensinam também que é preciso amar os pobres com o amor do Cristo, ajudá-los com sua própria ajuda e doar-se, como Ele o fez.
sábado, 1 de novembro de 2008
FINADOS NA VISÃO DO ESPIRITISMO
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Mensagem da semana
Uma delas reside no comportamento do filho pródigo.
No princípio, ele se deixa seduzir pela tentação dos vícios.
As paixões cintilam aos seus olhos e ele decide vivê-las.
Pede recursos ao pai e se lança no mundo.
Parte para longe de sua família e dissipa a própria herança.
Entretanto, a vida o convida a rever seus valores e atitudes.
Uma grande fome se faz no local que ele escolhera para viver.
Enquanto passa duras necessidades, reflete sobre a abundância que existe na casa paterna.
É então que começa a retificar o seu íntimo.
Não pretende fugir às conseqüências dos próprios atos.
Não almeja viver fartamente.
Aliás, não pretende sequer ser tratado como filho.
Contenta-se em ser admitido pelo pai como um simples trabalhador de suas terras.
Tomada a resolução, lança-se na estrada.
A viagem feita na riqueza agora é refeita na pobreza, em sentido contrário.
Certamente são muitas as dificuldades para vencer as distâncias.
Mas ele não esmorece e chega na propriedade da família.
Confessa ao pai o arrependimento e suas novas disposições.
Entretanto, grande é o júbilo do senhor da terra com o retorno do filho.
Ele providencia os melhores sinais de boa acolhida, como boas vestes, anel no dedo e festa.
* * *
O filho pródigo representa o Espírito que se deixa seduzir pelas paixões mundanas.
Tendo recebido preciosos tesouros do Criador, ele os consome inconseqüentemente.
Vidas que deveria aproveitar para aprimorar-se e fazer o bem, ele gasta com bobagens.
Permite-se atos desonrosos e converte-se em um mendigo espiritual.
Essa situação já foi vivenciada, em maior ou menor grau, por quase todos os Espíritos que ora jornadeiam no planeta Terra.
Agora, eles vivem a jornada de retorno.
Por entre dificuldades, necessitam refazer o caminho para a casa paterna, que representa o equilíbrio e a paz.
Nesse momento evolutivo, convém recordar o corajoso exemplo do filho pródigo.
Ele assumiu valorosamente as conseqüências de seus atos.
Na hora da reparação, não se rebelou e nem reclamou.
Não desejou a chegada de uma confortável liteira para reconduzi-lo ao local de que saíra de livre e espontânea vontade.
Reuniu suas forças e refez o caminho, resolutamente.
Assim, se as dificuldades se apresentam em sua vida, não se imagine vítima e nem brade contra os Céus.
Veja nelas o seu caminho para a conquista da paz e do bem-estar.
Trilhe-o com coragem e dignidade, certo de uma acolhida generosa, ao término da jornada.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Desencarne
10ª CONJERN
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
domingo, 19 de outubro de 2008
Mmensagem da Semana
A vida dos poderosos do mundo costuma ser idealizada pelas multidões.
Eles aparecem ricamente trajados, em festas ou em situações de regalo e desfrute.
Quem leva uma vida modesta e obscura, não raro, almeja trocar de lugar com essas importantes figuras.
Muitos se inquietam e desgastam com sonhos de grandeza.
Quando comparam as suas vidas com as de alguns outros, ficam amargurados e tristes.
Chegam a se achar injustiçados pela Divindade, haja vista a escassez de suas posses.
Mas opulência e modicidade de recursos refletem apenas diferentes formas de aprendizado.
A vida modesta tem grande valor, se levada a efeito com dignidade e sem murmurações.
Ela viabiliza a correção de graves vícios espirituais, como vaidade e apego a bens materiais.
Não se trata de fazer apologia da miséria como estado ideal.
A miséria é uma chaga social que deve ser extirpada, mediante educação e oferta de oportunidades aos que a sofrem.
Mas entre a miséria e a opulência há uma miríade de situações intermediárias.
Nem todos podem ser ricos e poderosos ao mesmo tempo.
Por isso, as posições sociais e econômicas se alternam ao longo das encarnações.
Com respeito aos talentos e às inclinações de cada um, todos são chamados a viver as mais variadas situações.
O relevante é ser digno, operoso e solidário, qualquer que seja a própria realidade.
A vida dos poderosos, muitas vezes, nada tem de invejável.
Sob a aparência de brilho e abastança, jazem pesadas responsabilidades.
Elas são tão mais pesadas porque guardam o condão de influenciar a vida de incontáveis pessoas.
O detentor de autoridade, da espécie que seja, sempre terá de dar contas do uso que dela fez.
Ela nunca é conferida por Deus para satisfazer ao fútil prazer de mandar.
Não é direito e nem propriedade, mas uma importante e perigosa missão.
O poderoso tem almas a seu cargo e responderá pela boa ou má diretriz que der aos seus subordinados.
Após o término da tarefa, ele será confrontado com a própria consciência.
Analisará os recursos de que dispunha e o uso que deles fez.
Então, verificará se evitou todos os males que podia.
Pensará se fez todo o bem que lhe era possível.
Vislumbrará o resultado de sua influência junto a inúmeros que dele dependiam ou nele se espelharam.
Bem se vê que a autoridade não deve ser levianamente buscada.
Se a vida o projetou a posições de relevo, seja digno e faça o seu melhor, para não se arrepender amargamente.
Mas se a sua vida é modesta, não se amargure.
Tudo vem a seu tempo e é melhor ser digno no pouco do que indigno e desgraçado no muito.
Redação do Momento Espírita, com base no item 9do cap. XVII de O evangelho segundo o espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.Em 14.10.2008.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
sábado, 11 de outubro de 2008
Dia das crianças
IV Semana Espírita do Apodi.
RUA: TIRADENTES, 45 – CENTROCEP: 59700-000
APODI RIO GRANDE DO NORTE.
Maiores informações: http://movimentoespiritadorn.blogspot.com/
terça-feira, 7 de outubro de 2008
domingo, 5 de outubro de 2008
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Programação espírita na TV
sábado, 27 de setembro de 2008
Desencarne.
A nossa irmã era trabalhadora e interna do Lar Espírita da Vovozinha (Associação Espírita Enviados de jesus).
O corpo foi velado no auditório da associação, em respeito ao seu desejo; e o sepultamento foi realizado no dia seguinte, às 16 horas no cemitério do Bom Pastor.
XVI Ciclo de Palestra TEDCC
Ciência espírita no cenáriom atual
Religião espírita no cenário atual
A filosofia espírita no cenário atual
Eden Lemos
Élidom Silva
Jomar Morais
Grupo Auta de Luz
Grupo Hauare
Grupo Harmonia
Informações: 3664-1121/ 88852579 Gysamoon
Revista Espírita
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Lançamento
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Aborto
REPERCUSSÃO.
Recebi um email que fala da ótima audiência do filme que narra a vida e obra de Bezerra de Menezes. Leia o texto abaixo e confira.
'Bezerra de Menezes', o filme que surpreendeu o mercado.
Por esta, nem os mais otimistas analistas de mercado, nem os mais crentes religiosos e nem os mais esclarecidos espíritos poderiam esperar. “Bezerra de Menezes: Diário de um espírito” — um filme feito por encomenda, dirigido por cineastas sem projeção nacional e mal avaliado por boa parte da crítica — é a grande surpresa das bilheterias brasileiras deste segundo semestre, atraindo cerca de 150 mil espectadores para os cinemas com apenas duas semanas em cartaz.Dirigido pelos cearenses Glauber Filho e Joe Pimentel, “Bezerra de Menezes” é uma cinebiografia do médico, também cearense, que foi um propagador da doutrina espírita no Brasil, no século XIX. No elenco, estão Carlos Vereza, Ana Rosa, Lúcio Mauro e Caio Blat, entre outros. — Muita gente fala que o sucesso do filme se deve a um possível rótulo de “espírita”. Mas não tem ninguém na porta do cinema dizendo que os não-espíritas estão barrados. O filme fala de valores familiares e das relações que se tem com a morte e com o universo materialista. Talvez haja um cansaço do espectador com as histórias de violência — diz Glauber Filho, que garante não ser espírita e cujo pai, Glauber, é médico. — E ele é mais velho que o Glauber Rocha. É só uma coincidência. Mas, com essa história de fazer filme sobre espiritismo, daqui a pouco alguém pode acabar estabelecendo alguma relação. Sem nunca terem dirigido um longa para o cinema antes, Glauber Filho e Pimentel entraram no projeto a convite da Associação Estação da Luz, uma instituição, de cunho espírita, que realiza projetos sociais no Ceará. A idéia original era fazer um documentário sobre Bezerra de Menezes, com pouco orçamento. Mas, ao longo da produção, viu-se que era possível mais.— Até a finalização do filme, gastamos R$ 2,4 milhões. Conseguimos 1/4 do custo de produção com patrocínio via Lei Rouanet. O resto veio de recursos próprios da Estação da Luz. É o primeiro filme que fazemos — conta Sidney Girão, presidente da associação. — No Brasil, há cerca de dois milhões de seguidores do espiritismo com potencial para ir ao cinema. Mas eu não acho que o filme seja religioso. Acredito que ele esteja indo bem porque o público se identifica com a mensagem de paz e humanidade. Independentemente dos motivos, o fato é que o filme tem conseguido atrair uma parcela da população que não costuma ir ao cinema. A média de público nas 56 salas em que ele está em cartaz foi a melhor do último fim de semana. Isso quer dizer que “Bezerra de Menezes” já pode se considerar com força para alcançar os 420 mil espectadores de “Sexo com amor?”, o terceiro filme nacional mais visto em 2008, já fora de cartaz; e até perseguir os mais de 430 mil de “Era uma vez...”, o segundo nacional mais bem colocado no ranking, que estreou há dois meses — o líder ainda é “Meu nome não é Johnny” e seus 2,1 milhões.— Eu acho que ele está mesmo atrelado ao nicho religioso, principalmente em relação aos espíritas, que não são tão retratados em atividades culturais como outras religiões — diz Paulo Sérgio Almeida, diretor da empresa de análise de mercado Filme B. — Um dado curioso é que ele foi melhor na segunda-feira, que é o dia em que se fazem promoções, do que na sexta. Isso mostra que o filme está atingindo as classes C e D. Aí fica difícil prever onde ele vai chegar porque, com o boca a boca, ele está pegando um público que não costuma ir ao cinema. Mas, do jeito que está, mais de 500 mil o filme faz. Na última terça-feira, no Cine Palácio — aquele cinema no Centro que foi vendido para um hotel e, em breve, pode se tornar tema de sessões espíritas —, “Bezerra de Menezes” atraiu um bom público para uma sessão noturna. A maioria, de espectadores espíritas:— Ele é muito importante pelas mensagens que passou — disse o ator espírita Glei Pélias.— Acho que existe um preconceito das pessoas em relação ao espiritismo que o filme pode quebrar — contou a terapeuta corporal e médium Ignez Cintra. Mas, como não se fazem 150 mil espectadores em duas semanas com facilidade, vale dizer que o Brasil é mesmo um país de aceitação religiosa. Bezerra de Menezes, conhecido como o médico dos pobres, com certeza daria sua bênção a todos.— Achei interessante o que li sobre ele e vim para conhecer melhor sua obra — declarou o chefe de cozinha, judeu, Celso Moshe.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Aura Celeste
Encarnou na cidade de Natal, Estado do Rio Grande do Norte, em 11 de janeiro de 1874, e desencarnou na cidade do Rio de Janeiro, em 24 de outubro de 1944.
Aura Celeste veio para a antiga Capital Federal em janeiro de 1896, graças ao auxílio de alguns militantes do Protestantismo, a cuja religião pertencia, os quais lhe propiciaram a oportunidade de lecionar no Colégio Ram Williams, o que fez com muita proficiência, durante algum tempo, até que organizou em sua própria residência, um curso primário, onde muitos homens ilustres do meio político e social brasileiro aprenderam com ela as primeiras letras.
Foi nesse período de sua vida, no ano de 1898, que começou a sentir as primeiras manifestações de suas faculdades mediúnicas. Nessa época, o grande Bezerra de Menezes dirigia os destinos da Federação Espírita Brasileira, revestido daquela auréola de prestígio e de respeito que crentes e descrentes lhe davam, e o Espiritismo era o assunto de todas as conversas, não só pelos fenômenos e curas mediúnicas, como pela propaganda falada, pelos livros e pela imprensa.
Sob a sábia orientação de Bezerra de Menezes começou a sua notável carreira mediúnica como psicografa, no Centro Espírita Ismael. O grande apóstolo do Espiritismo brasileiro, pela sua conhecida clarividência, prognosticou, certa vez, que Adelaide Câmara, com as prodigiosas faculdades de que era dotada, um dia assombraria crentes e descrentes. E essa profecia de Bezerra não se fez esperar, pois em breve Adelaide Câmara, como médium auditiva, começou a trabalhar na propagação da Doutrina, fazendo conferências e receitando, com tal acerto e exatidão, que o seu nome se irradiou por todo o País.
Com a desencarnação do inolvidável mestre, doutor Bezerra de Menezes, em 1900, Adelaide Câmara aproximou-se do grande seareiro que foi Inácio Bittencourt e, nas sessões do Círculo Espírita “Cáritas”, passou a emprestar o seu concurso magnífico como médium e como propagandista de primeira grandeza.
Contraindo núpcias em 1906, os afazeres do lar, e a educação dos filhos mais tarde, obrigaram-na a afastar-se da propaganda ativa nos Centros, mas, nem por isso, ficou inativa. Nas horas de lazer, entrava em confabulação com os guias espirituais, e pôde receber e produzir páginas admiráveis, que foram dadas à publicidade na obra “Do Além”, em 21 fascículos, e no livro “Orvalho do Céu”.
Foi aí que adotou o pseudônimo de AURA CELESTE, nome com que ficou conhecida no Brasil inteiro.
Em 1920, retorna à tribuna e aos trabalhos mediúnicos, com tal vigor e entusiasmo, que o seu organismo de compleição franzina ressentiu-se um pouco, mas, nem por isso, deixou ela de cumprir com os seus deveres. O Dr. Joaquim Murtinho era o médico espiritual que, por seu intermédio, começou a trabalhar na cura dos enfermos e necessitados, diagnosticando e curando a todos quantos lhe batiam à porta, desenvolvendo-lhe, espontaneamente, diversas faculdades mediúnicas nesse período.
Além das mediunidades de incorporação, audição, vidência, psicográfica, curadora, intuitiva, possuía Adelaide Câmara, ainda, a extraordinária faculdade da bilocação. Muitas curas operou em diferentes lugares do Brasil, a eles se transportando em “desdobramento fluídico”, sendo visível o seu corpo perispirítico, como aconteceu em Juiz de Fora e Corumbá (provadamente constatado), por enfermos que, sob os seus cuidados, a viram aplicar-lhes “passes”.
Poetisa, conferencista, contista, e educadora sobretudo, deixou excelentes obras lítero-doutrinárias, em prosa e verso, assinando-os geralmente com o seu pseudônimo. É assim que deu a público “Vozes d”Alma”, versos; “Sentimentais”, versos; “Aspectos da Alma”, contos; “Palavras Espíritas”, palestras; “Rumo à Verdade” e “Luz do Alto”. Esparsos em revistas e jornais espíritas, há muitas poesias e artigos doutrinários de sua autoria.
O grande jornalista e literato Leal de Souza, referiu-se a Adelaide Câmara como “a grande Musa moderna, a Musa espiritualista”.
Em 1924, teve as suas vistas voltadas para o campo da assistência às crianças órfãs e à velhice desamparada. Centralizou todos os seus esforços no propósito de materializar esse antigo anseio de sua alma. Pouco, entretanto, pôde fazer em quase três anos de lutas. Aconteceu, então, que um confrade, João Carlos de Carvalho, estava angariando donativos e meios para a fundação de uma instituição dessa natureza, e, um dia, faz-lhe entrega da lista de donativos a fim de que Adelaide Câmara arranjasse novos óbolos para tão humanitário fim. Dias depois, João Carvalho desencarna, e ela fica de posse da lista e do dinheiro arrecadado.
Passados alguns meses, o Sr. Lopes, proprietário da Casa Lopes, que andava estudando a Doutrina, mostrou-se interessado na organização de uma instituição de amparo e assistência aos órfãos e Adelaide lhe informa possuir uma lista com alguns donativos para esse fim. A idéia foi recebida com entusiasmo e logo concretizada. Alugaram uma casa em Botafogo e aí foi instalado, no dia 13 de março de 1927, o Asilo Espírita “João Evangelista”, sendo ela a sua primeira diretora. Compareceu a essa festiva inauguração o doutor Guillon Ribeiro, então 2o. secretário da Federação Espírita Brasileira e representante desta naquela solenidade. Adelaide Câmara, em breves palavras, exprimiu o júbilo de sua alma, afirmando realizado o ideal de toda a sua existência – “ser mãe de órfãos, graça do céu que não trocaria por todo o ouro e todas as grandezas do mundo”.
Dedicou, daí por diante, todo o seu tempo a essa grandiosa obra de caridade, emprestando-lhe as luzes do seu saber e de sua bondade até o dia em que serenamente entregou a alma a Deus.
Com extremosa dedicação, trabalhou Aura Celeste em várias sociedades espíritas beneficentes da cidade do Rio de Janeiro, dando a todas elas o melhor de suas energias e de sua inteligência.
No Asilo Espírita “João Evangelista”, porém, foi onde realizou sua tarefa máxima, não só como competente educadora, mas também como hábil orientadora de inumeráveis jovens que ali receberam, como ainda recebem, instrução intelectual e educação moral.
A vida e a obra de Adelaide Câmara foram uma escada de luz, uma afirmação de fé e humildade, e um perene testemunho de amor. Era a grande educadora que ensinava educando e educava ensinando, pelo exemplo.
Médium sem vaidades, sincera e de honestidade a toda prova, praticava a mediunidade como verdadeiro sacerdócio.
Dotada de sólida cultura teria, se quisesse, conquistado fama no mundo das letras. Poetisa de vastos recursos, oradora convincente e natural, senhora de estilo vigoroso e de fulgurante imaginação, tudo deu e tudo fez, com o cabedal que possuía, para o bom nome e o engrandecimento da Doutrina Espírita.O Asilo Espírita “João Evangelista”, no Rio de Janeiro, aí está ainda, em sede própria, atestando a obra e o devotamento à causa do bem daquela nobre mulher que se chamou Adelaide Augusta Câmara.