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domingo, 29 de março de 2009

Servo de todos

O mergulho de Jesus nos fluidos grosseiros do orbe terráqueo, é a história da redenção da própria Humanidade, que sai das furnas do “eu”, para os altos píncaros da liberdade.
Vivendo os reinados de Augusto e Tibério, cujas vidas assinalaram com vigor inusitado a História, o Seu berço e o Seu túmulo marcaram indelevelmente os tempos.
Aceitando como berço o reduto humílimo de uma estrebaria, no momento significativo de um censo, elaborou, desde o primeiro momento, a profunda lição da humildade para inaugurar um reinado diferente entre as criaturas.
E não Se afastou, jamais, da diretriz inicial assumida: a de servo de todos.
* * *
Jesus concedeu ao verbo servir um significado todo diferente .
Como o maior de todos pôde fazer tal afirmativa? – questionam os apressados.
Servo de todos? Colocar-Se como um subalterno, uma pessoa menor, que apenas serve?
Ora, os grandes do Mundo sempre foram servidos, e jamais servos de alguém!
E tal compreensão ainda é atual, infelizmente, no orbe terrestre: a de que aqueles que têm mais, intelectualmente, financeiramente, precisam ser servidos, e não servir.
Talvez, se compreendêssemos melhor a proposta milenar do Cristo, veríamos que estamos no caminho oposto à felicidade, quando assim pensamos.
É muito lógico pensar que, quem tem mais, pode e precisa dar mais; que aqueles que têm maiores condições na esfera da inteligência, devem colocá-la a serviço dos menos capacitados.
Essa é uma das propostas do Cristo, não só em Seu verbo, mas enraizada em Suas ações.
O ser mais perfeito que esteve na face da Terra, esse Espírito que já alcançou os patamares evolutivos que todos almejamos, veio à Terra para servir!
Os grandes servem! Eis a lição clara, que precisa tomar espaço em nosso íntimo.
Não há humilhação alguma em servir, em ser servo! São os preconceitos da alma humana que criaram esta impressão falsa.
Assim, se queremos ser grandes, se desejamos construir uma felicidade madura, real, o caminho de servir é fundamentalmente seguro e necessário.
* * *
Quando se aproxima mais uma celebração do nascimento de Jesus na Terra, e temos ensejo de fazer balanços e avaliações em nosso viver, recordemos da lição do servir.
Estamos servindo à nossa família como poderíamos? Estamos servindo à sociedade de forma suficiente? Estamos servindo ao bem, de acordo com o potencial que temos?
Quem conhece as lições do Cristo, e Sua grandiosidade no que diz respeito ao poder de transformação do Espírito humano, já tem muito para dar, e pode ser servidor poderoso.
Servimos, toda vez que estendemos a mão a quem precisa.
Servimos, sempre que contribuímos para o sorriso dos outros, ao invés de provocar o choro amargo.
Servimos, toda vez que cumprimos com os deveres de pai, de mãe, de filho.
Servimos, sempre que escolhemos o bem, o entendimento, a conciliação, nas disputas inter-relacionais ao nosso redor.
Seja servo de todos e seja mais feliz.
Redação do Momento Espírita com citação do cap. Boas novas, do livro Primícias do reino, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Franco, ed. Leal. Em 09.12.2008.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas


No dia 1º de abril de 1858, praticamente um ano após o lançamento do Livro dos Espíritos, ao lado de diversos estudiosos, Allan Kardec fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, a primeira entidade espírita oficialmente constituída.
Conforme consta na página final da Revista Espírita de maio de 1858, Kardec deu ciência da criação da Sociedade, nos seguintes termos: “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Fundada em Paris a 1o de abril de 1858 e autorizada por portaria do sr. Prefeito de Polícia, conforme o aviso de S. Ex. o sr. Ministro do Interior e da segurança geral, em data de 13 de abril de 1858″.
A Sociedade ficou definitivamente instalada em um imóvel alugado em Paris, para onde mais tarde também foi transferida a redação da Revista Espírita. Em dois anos de funcionamento contou com 87 sócios efetivos pagantes, pessoas das mais diversas áreas da sociedade. O número de visitantes chegava a quase 1500 pessoas por ano.
As atividades realizadas na época podem ser conhecidas pela leitura do
Boletim, usualmente inserido na Revista Espírita.
Kardec criou um
Regulamento que tratava dos fins, administração, sessões, entre outras disposições da sociedade, e exigia extrema seriedade dos participantes, o que deu credibilidade à instituição. A sociedade passou por diversas dificuldades, mas tornou-se certamente exemplo para tantas outras que surgiriam posteriormente.
Fonte: Jornal Mundo Espírita de Abril de 1998.

domingo, 22 de março de 2009

Jesus

Você já parou para pensar, algum dia, como era o homem Jesus?

Se nos inspirarmos nos Evangelhos podemos esboçar Sua aparência física e espiritual.

Verdadeiramente, Sua aparência física não está descrita nos Evangelhos, mas Ele sempre se mostra simpático e atraente. Causava profunda impressão na multidão, quando Se apresentava em público.

Tinha um corpo sadio, resistente ao calor e ao frio, à fome e à sede, aos cansaços das longas jornadas a pé, pelas trilhas das montanhas da Palestina.

Também ao cansaço por Sua atividade ininterrupta junto ao povo, que não Lhe deixava tempo nem para se alimentar.

Embora nascido em uma estrebaria, oculto aos olhos dos grandes do mundo, teve Seu nascimento anunciado aos pequenos, que traziam os corações preparados para O receber.

A orquestra dos céus se fez presente e a ópera dos mensageiros celestiais O anunciou a quem tivesse ouvidos de ouvir.

Antes de iniciar o Seu messianato, preparou-Lhe os caminhos um homem rude, vestido com uma pele de animal e que a muitos, com certeza, deve ter parecido esquisito ou perturbado.

Principalmente porque, num momento em que o povo aguardava um libertador que fosse maior que o próprio Moisés, ele falava de alguém que iria ungir as almas com fogo.

Enquanto todos aguardavam um guerreiro, que surgisse com seu exército numeroso para subjugar o dominador romano, João, o Batista, lhes falava do Cordeiro de Deus. E cordeiro sempre foi símbolo de mansuetude, de delicadeza.

Quando Ele se fez presente, às margens do Jordão, a sensibilidade psíquica de João O percebe e O apresenta ao mundo.

Esse ser tão especial tomou de um grão de mostarda e o fez símbolo da fé que move montanhas. Utilizou-Se da água pura, jorrada das fontes cristalinas, para falar da água que sacia a sede para todo o sempre.

Tomou do pão e o multiplicou, simbolizando a doação da fraternidade que atende o irmão onde esteja e com ele reparte do pouco que tem.

Falou de tesouros ocultos e de moedas perdidas. Recordou das profissões menos lembradas e as utilizou como exemplo, Ele mesmo denominando-Se o Bom Pastor, que conhece as Suas ovelhas.

Ninguém jamais O superou na poesia, na profundidade do ensino, na doce entonação da voz, cantando o poema das bem-aventuranças, no palco sublime da natureza.

Simples, mostrava Sua sabedoria em cada detalhe, exemplificando que os grandes não necessitam de ninguém que os adjetive, senão sua própria condição.

Conviveu com os pobres, com os deserdados, com os considerados párias da sociedade, tanto quanto visitou e privou da amizade de senhores amoedados e de poder.

Jesus, ontem, hoje e sempre prossegue exemplo para o ser humano que caminha no rumo da perfeição.

* * *

Embora visando sempre as coisas do Espírito, Jesus jamais descurou das coisas pequenas e mínimas da Terra.

É assim que Seu coração se alegra pelas flores do campo, as quais toma para exemplo em Sua fala, da mesma forma que as pequeninas aves do céu.

O Seu amor se dirigia sobretudo aos pobres, aos humildes, aos oprimidos, aos desprezados e aos párias.

E, justamente por conhecer a fraqueza e a malícia dos homens, sempre perdoa, enquanto Ele mesmo alimenta a Sua vida pelo cumprimento da vontade e do agrado de Deus, o Pai.

Redação do Momento Espírita com detalhes colhidos no verbete
Jesus, do Dicionário enciclopédico da bíblia, de
A. Van den Born, ed. Vozes.
Em 05.12.2008.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Caixinha de beijos

            Certo dia, um homem chegou em casa e ficou muito irritado com sua filha de três anos. Ela havia apanhado um rolo de papel de presente dourado e literalmente desperdiçado fazendo um embrulho.


        Porque o dinheiro andasse curto e o papel fosse muito caro, ele não poupou recriminações para a garotinha, que ficou triste e chorou.

        Naquela mesma noite, o pai descobriu num canto da sala, no local onde a família colocara os presentes para serem distribuídos no dia de Natal, um embrulho dourado não muito bem feito.

        Na manhã seguinte, logo que despertou, a menininha correu para ele com o embrulho nas mãos, abraçou forte o seu pescoço, encheu seu rosto de beijos e lhe entregou o presente.

        Isto é pra você, paizinho! Foi o que ela disse.

        Ele se sentiu muito envergonhado com sua furiosa reação do dia anterior. Mas, logo que abriu o embrulho, voltou a explodir. Era uma caixinha vazia.

        Gritou para a filha: Você não sabe que quando se dá um presente a alguém, a gente coloca alguma coisa dentro da caixa?

        A criança olhou para ele, com os olhos cheios de lágrimas e disse:

        Mas, papai, a caixinha não está vazia. Eu soprei muitos beijos dentro dela. Todos para você, papai. 

        O pai quase morreu de vergonha. Abraçou a menina e suplicou que ela o perdoasse.

        Dizem que o homem guardou a caixa dourada ao lado de sua cama por anos. Sempre que se sentia triste, chateado, deprimido, ele tomava da caixa um beijo imaginário e recordava o amor que sua filha havia posto ali.

                                                                *   *   *

        De uma forma simples, cada um de nós, humanos, temos recebido uma caixinha dourada, cheia de amor incondicional de nossos pais, de nossos filhos, de nossos irmãos e amigos.

        Entretanto, nem sempre nos damos conta. Estamos tão preocupados com o ter, com valores do mundo, que as coisas pequenas não são percebidas por nós.

        Assim, a esposa não valoriza o ramalhete de flores do campo que o marido lhe enviou, no dia do aniversário. É que ela esperava ganhar uma valiosa jóia e não aquela insignificância.

        O marido nem agradece o fato da esposa, no dia em que comemoram mais um ano de casados, esperá-lo com um jantar simples, a dois, em casa. Ele estava esperando uma comemoração em grande estilo, ruidosa, cercado de amigos e muitos comes e bebes.

        Os pais não dão importância para aquele cartão meio amassado que os pequenos trazem da escola, pintado com as mãos de quem apenas ensaia a arte de dominar as tintas e os pincéis nas mãos pequeninas.

        Eles estão mais envolvidos com as contas que a escola está cobrando e acreditam que, pelo tanto que lhes custa a mensalidade escolar, os professores deveriam ter lhes enviado um presente de valor.

        É, muitos de nós não encontramos os beijos na caixinha dourada. Só vemos a caixinha vazia.

                                                                *   *   *

        O amor é feito de pequeninas coisas. Não exige fortunas para se manifestar.

        Por vezes, é um ato de renúncia, como a daquele homem que no dia de Natal, em plena guerra, conseguiu apenas uma laranja para a ceia dele e da esposa.

        Então a descascou, colocou em um prato, criando uma careta com os gomos bem dispostos e entregou para a esposa, com um beijo e um pedaço de papel escrito: Feliz Natal!

        E ficou observando-a comer, com vagar, feliz por ver os olhos dela brilharem e ela se deliciar com a fruta tão rara naqueles dias, naquele local.

Redação do Momento Espírita, a partir de mensagem intitulada A caixinha, assinada Bernadete.
Em 04.12.2008

sexta-feira, 13 de março de 2009

Allan Kardec


Hyppolyte Leon Denizard Rivail (Allan Kardec), nasceu em 3 de outubro de 1804, em Lion, França. Ele era filho de um juiz, Jean Baptiste-Antoine Rivail, e sua mãe chamava-se Jeanne Louise Duhamel.
O professor Rivail fez em Lion os seus primeiros estudos e completou em seguida a sua bagagem escolar, em Yverdun (Suíça), com o célebre professor Pestalozzi, de quem cedo se tornou um dos mais eminentes discípulos, colaborador inteligente e dedicado. Aplicou-se, de todo o coração, à propaganda do sistema de educação que exerceu tão grande influência sobre a reforma dos estudos na França e na Alemanha. Muitíssimas vezes, quando Pestalozzi era chamado pelos governos, para fundar institutos semelhantes ao de Yverdun, confiava a Denizard Rivail o encargo de o substituir na direção da sua escola. Lingüista insigne, conhecia a fundo e falava corretamente o alemão, o inglês, o italiano e o espanhol; conhecia também o holandês, e podia facilmente exprimir-se nesta língua. Membro de várias sociedades sábias, notadamente da Academia Real de Arras, foi autor de numerosas obras de educação, dentre as quais podemos citar:
- Plano Proposto para o Melhoramento da Instrução Pública (1828);

- Curso Teórico e Prático de Aritmética, segundo o método Pestalozzi, para uso dos professores e mães de família (1829); - Gramática Francesa Clássica (1831); - Manual para Exames de Capacidade ; Soluções Racionais de Questões e problemas de Aritmética e Geometria (1846); - Catecismo Gramatical da Língua Francesa (1848); - Programas de cursos Ordinários de Física, Química, Astronomia e Fisiologia, que professava no Liceu Polimático; Ditados normais dos exames da Prefeitura e da Sorbone, acompanhados de Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas (1849).
Além das obras didáticas, Rivail também fazia contabilidade de casas comerciais, passando então a ter uma vida tranqüila em termos monetários. Seu nome era conhecido e respeitado e muitas de suas obras foram adotadas pela Universidade de França. No mundo literário, conhece a culta professora Amélia Gabrielle Boudet, com quem contrai matrimônio, no dia 6 de fevereiro de 1832.
Em 1854, através de um amigo chamado Fortier, o professor Denizard ouve falar pela primeira vez sobre os fenômenos das mesas girantes, em moda nos salões europeus, desde a explosão dos fenômenos espíritas em 1848, na cidadezinha de Hydesville nos Estados Unidos, com as irmãs Fox. No ano seguinte, se interessou mais pelo assunto, pois soube tratar-se de intervenção dos Espíritos, informação dada pelo sr. Carlotti, seu amigo há 25 anos. Depois de algum tempo, em maio de 1855, ele foi convidado para participar de uma dessas reuniões, pelo Sr. Pâtier, um homem muito sério e instruído. O professor era um grande estudioso do magnetismo e aceitou participar, pensando tratar-se de fenômenos ligados ao assunto. Após algumas sessões, começou a questionar para descobrir uma resposta lógica que pudesse explicar o fato de objetos inertes emitirem mensagens inteligentes. Admirava-se com as manifestações, pois parecia-lhe que por detrás delas havia uma causa inteligente responsável pelos movimentos. Resolveu investigar, pois desconfiou que atrás daqueles fenômenos estava como que a revelação de uma nova lei.
As "forças invisíveis" que se manifestavam nas sessões de mesas falantes diziam que eram as almas de homens que já haviam vivido na Terra. O Codificador intrigava-se mais e mais. Num desses trabalhos, uma mensagem foi destinada especificamente a ele. Um Espírito chamado Verdade disse-lhe que tinha uma importante missão a desenvolver. Daria vida a uma nova doutrina filosófica, científica e religiosa. Kardec afirmou que não se achava um homem digno de uma tarefa de tal envergadura, mas que sendo o escolhido, tudo faria para desempenhar com sucesso as obrigações de que fora incumbido.
Allan Kardec iniciou sua observação e estudo dos fenômenos espíritas, com o entusiasmo próprio das criaturas amadurecidas e racionais, mas sua primeira atitude é a de ceticismo: "Eu crerei quando vir, e quando conseguirem provar-me que uma mesa dispõe de cérebro e nervos, e que pode se tornar sonâmbula; até que isso se dê, dêem-me a permissão de não enxergar nisso mais que um conto para provocar o sono".
Depois da estranheza e da descrença inicial, Rivail começa a cogitar seriamente na validade de tais fenômenos e continua em seus estudos e observações, mais e mais convencido da seriedade do que estava presenciando. Eis o que ele nos relata: "De repente encontrava-me no meio de um fato esdrúxulo, contrário, à primeira vista, às leis da natureza, ocorrendo em presença de pessoas honradas e dignas de fé. Mas a idéia de uma mesa falante ainda não cabia em minha mente".
O desenvolvimento da Codificação Espírita basicamente teve início na residência da família Baudin, no ano de 1855. Na casa havia duas moças que eram médiuns. Tratava-se de Julie e Caroline Baudin, de 14 e 16 anos, respectivamente. Através da "cesta-pião", um mecanismo parecido com as mesas girantes, Kardec fazia perguntas aos Espíritos desencarnados, que as respondiam por meio da escrita mediúnica. À medida que as perguntas do professor iam sendo respondidas, ele percebia que ali se desenhava o corpo de uma doutrina e se preparou para publicar o que mais tarde se transformou na primeira obra da Codificação Espírita.
A forma pela qual os Espíritos se comunicavam no princípio era através da cesta-pião que tinha um lápis em seu centro. As mãos das médiuns eram colocadas nas bordas, de forma que os movimentos involuntários, provocados pelos Espíritos, produzissem a escrita. Com o tempo, a cesta foi substituída pelas mãos dos médiuns, dando origem à conhecida psicografia. Das consultas feitas aos Espíritos, nasceu "O Livro dos Espíritos", lançado em 18 de abril de 1857, descortinando para o mundo todo um horizonte de possibilidades no campo do conhecimento.
A partir daí, Allan Kardec dedicou-se intensivamente ao trabalho de expansão e divulgação da Boa Nova. Viajou 693 léguas, visitou vinte cidades e assistiu mais de 50 reuniões doutrinárias de Espiritismo.
Pelo seu profundo e inexcedível amor ao bem e à verdade, Allan Kardec edificou para todo o sempre o maior monumento de sabedoria que a Humanidade poderia ambicionar, desvendando os grandes mistérios da vida, do destino e da dor, pela compreensão racional e positiva das múltiplas existências, tudo à luz meridiana dos postulados do Cristianismo.
Filho de pais católicos, Allan Kardec foi criado no Protestantismo, mas não abraçou nenhuma dessas religiões, preferindo situar-se na posição de livre pensador e homem de análise. Compungia-lhe a rigidez do dogma que o afastava das concepções religiosas. O excessivo simbolismo das teologias e ortodoxias, tornava-o incompatível com os princípios da fé cega.
Situado nessa posição, em face de uma vida intelectual absorvente, foi o homem de ponderação, de caráter ilibado e de saber profundo, despertado para o exame das manifestações das chamadas mesas girantes. A esse tempo o mundo estava voltado, em sua curiosidade, para os inúmeros fatos psíquicos que, por toda a parte, se registravam e que, pouco depois, culminaram no advento da altamente consoladora doutrina que recebeu o nome de Espiritismo, tendo como seu codificador, o educador emérito e imortal de Lyon.
O Espiritismo não era, entretanto, criação do homem e sim uma revelação divina à Humanidade para a defesa dos postulados legados pelo Rabi da Galiléia, numa quadra em que o materialismo avassalador conquistava as mais brilhantes inteligências e os cérebros proeminentes da Europa e das Américas.
A codificação da Doutrina Espírita colocou Kardec na galeria dos grandes missionários e benfeitores da Humanidade. A sua obra é um acontecimento tão extraordinário como a Revolução Francesa. Esta estabeleceu os direitos do homem dentro da sociedade, aquela instituiu os liames do homem com o universo, deu-lhe as chaves dos mistérios que assoberbavam os homens, dentre eles o problema da chamada morte, os quais até então não haviam sido equacionados pelas religiões. A missão do mestre, como havia sido prognosticada pelo Espírito de Verdade, era de escolhos e perigos, pois ela não seria apenas de codificar, mas principalmente de abalar e transformar a Humanidade. A missão foi-lhe tão árdua que, em nota de 1o. de janeiro de 1867, Kardec referia-se as ingratidões de amigos, a ódios de inimigos, a injúrias e a calúnias de elementos fanatizados. Entretanto, ele jamais esmoreceu diante da tarefa.
O seu pseudônimo, Allan Kardec, tem a seguinte origem: Uma noite, o Espírito que se autodenominava Z, deu-lhe, por um médium, uma comunicação toda pessoal, na qual lhe dizia, entre outras coisas, tê-lo conhecido em uma precedente existência, quando, ao tempo dos Druidas, viviam juntos nas Gálias. Ele se chamava, então, Allan Kardec, e, como a amizade que lhe havia votado só fazia aumentar, prometia-lhe esse Espírito secundá-lo na tarefa muito importante a que ele era chamado, e que facilmente levaria a termo. No momento de publicar o Livro dos Espíritos, o autor ficou muito embaraçado em resolver como o assinaria, se com o seu nome -Denizard-Hippolyte-Léon Rivail, ou com um pseudônimo. Sendo o seu nome muito conhecido do mundo científico, em virtude dos seus trabalhos anteriores, e podendo originar uma confusão, talvez mesmo prejudicar o êxito do empreendimento, ele adotou o alvitre de o assinar com o nome de Allan Kardec, pseudônimo que adotou definitivamente.
Livros que escreveu :
O Livro dos Espíritos (1857) O que é o Espiritismo (1959) O Livro dos Médiuns (1861) O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864) O Céu e o Inferno (1865) A Gênese (1868) Obras Póstumas (1890)
Em 1º de Janeiro de 1858 o missionário lionês publicou o primeiro número da Revista Espírita, que serviu como poderoso auxiliar para o desenvolvimento de seus trabalhos, trabalho que desenvolveu sem interrupção por 12 anos, até sua morte. Deve figurar na sua relação de obras, não só por ter estado sob sua direção até 1869, como também porque as suas páginas expressam o pensamento e a ação do Codificador do Espiritismo.
Em 1º de abril de 1858, Allan Kardec fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas - SPEE, que tinha por objetivo o estudo de todos os fenômenos relativos às manifestações espíritas e suas aplicações às ciências morais, físicas, históricas e psicológicas.
De 1855 a 1869, Allan Kardec consagrou sua existência ao Espiritismo. Sob a assistência dos Espíritos Superiores, representando o Espírito de Verdade, estabeleceu a Doutrina Espírita e trouxe aos homens o Consolador Prometido.
O Codificador desencarnou em Paris, no dia 31 de março de 1869, aos 65 anos de idade. Em seu tumulo está escrito : "Nascer, Morrer, Renascer ainda e Progredir sem cessar, tal é a Lei. "


terça-feira, 10 de março de 2009

OS FENÔMENOS DE HYDESVILLE


"Tudo começou com uns ruídos que podem ser considerados como sendo os mais importantes da história do mundo cristão. Quem narra esses fatos com todos os detalhes é Sir Arthur Conan Doyle, no livro História do Espiritismo.!"


"(Aquela estranha inteligência invisível disse então que era um espírito  e que tinha sido assassinado naquela casa. Indicou o nome do antigo inquilino que o matara, por questões de dinheiro,  enterrando seu corpo numa adega, a grande profundidade.)"


"Não resulta de algum livro antigo encontrado por acaso, mas de um gigantesco trabalho realizado por legiões de espíritos que passaram a se manifestar à mesma época, nas mais diversas partes da Terra, dando informações sobre esse universo invisível a nós. 

Tudo começou com uns ruídos que podem ser considerados como sendo os mais importantes da história do mundo cristão.

Quem narra esses fatos com todos os detalhes é Sir Arthur Conan Doyle, no livro História do Espiritismo. Conan Doyle foi o criador do famoso personagem policial Sherlock Holmes.

Diz Doyle que os ruídos começaram a ocorrer num vilarejo chamado Hydesville, no Estado de Nova Iorque, na residência onde habitava parte de uma família de sobrenome Fox, composta pelo pai, a mãe e duas filhas, Margaret, de 14 anos, e Kate, de 11. A religião que professavam era a metodista.

Por vários dias se ouviram ruídos estranhos na casa dos Fox. Pareciam produzidos por arranhaduras. Às vezes eram simples batidas, outras vezes soavam como o arrastar de móveis. As meninas ficavam tão alarmadas que iam dormir no quarto dos pais.

Mas na noite do dia 31 de março de 1848, os sons tornaram-se mais fortes e vibrantes que nunca. A menina Kate, num impulso corajoso, desafiou aquela força invisível a repetir as batidas que ela dava com os dedos. Esse desafio foi imediatamente respondido, e cada pedido da menina era logo atendido com novo ruído.

Estabeleceu-se logo um código baseado no número de batidas; por exemplo, uma batida equivalia a SIM, duas a NÃO, e assim por diante...

A maior surpresa daquela noite teve a senhora Fox, quando aquela força invisível, respondendo a perguntas, disse que ela tivera sete filhos, enquanto ela protestava dizendo que só tivera seis, até recordar-se de que realmente tivera mais um filho, mas que morrera em tenra idade.

Que força era aquela? Uma força estranha e inteligente, que demonstrava conhecer melhor do que ela própria seus assuntos particulares?

Alguns vizinhos foram chamados para presenciar o estranho fenômeno; uns ficaram maravilhados, outros apavorados, ao obterem respostas acertadas sobre algumas questões íntimas.

Aquela estranha inteligência invisível disse então que era um espírito e que tinha sido assassinado naquela casa. Indicou o nome do antigo inquilino que o matara, por questões de dinheiro, enterrando seu corpo numa adega, a grande profundidade.

Um dos presentes sugeriu então o uso de letras do alfabeto para formação de palavras, convencionando determinado número de pancadas para cada letra. Essa telegrafia espiritual facilitou a comunicação e passou a ser utilizada com muito êxito.

Os fenômenos de Hydesville tiveram grande repercussão e a afluência de curiosos foi tamanha que a família Fox mudou-se para Nova Iorque, onde deu continuidade às sessões públicas.

Em pouco tempo, na Europa, os fenômenos espirituais passaram a fazer parte dos “jogos e folguedos de salão”, comuns numa época em que não havia entretenimentos como os de hoje. Nesses jogos as pessoas se divertiam fazendo perguntas aos espíritos e recebendo respostas através de códigos estabelecidos, baseados em pancadas que eram dadas por uma mesinha de três pés que se levantava e batia no chão com um dos seus pés.

Mas foi Allan Kardec quem resolveu pesquisar aquele fenômeno, visando desmascarar a fraude, pois achava que se tratava de burla.

Fonte: http://www.mundoespiritual.com.br/fenomenos.hydesville.htm


Terapia de Vida Passada





Leia uma entrevista exclusiva com Dr. Brian Weiss, terapeuta de Vida Passada.

É grande o número de pessoas que dizem ter encontrado na TVP (Terapia de Vidas Passadas) a solução que buscavam há muito tempo para medos, traumas ou dificuldade em lidar com determinadas pessoas ou situações, ou melhor, sensações de origem inexplicável na vida atual. Leia 

Mistérios que a Ciência oficial ainda busca compreender, mas que ainda está distante de aceitar que as experiências e lembranças podem ficar armazenadas para sempre nos “arquivos” do espírito. Um vasto acervo de memória guardado no cofre do tempo e que o nosso estágio evolutivo não permite, ainda, compreender tamanha complexidade.

Há estudos que mostram que no velho Egito, sacerdotes-médicos já utilizavam o desdobramento espiritual (projeção da consciência) dos enfermos pela indução magnética para que ampliassem a percepção e conseguissem atingir as causas profundas de seus males. Mas na atualidade, foi com os avanços da psicologia transpessoal, que leva em conta o aspecto espiritual do indivíduo, que a TVP – como é conhecida a Terapia de Vidas Passadas – ganhou maior força. O intercâmbio de conhecimento entre a cultura ocidental e oriental também permitiu o crescimento da terapêutica.

Das técnicas utilizadas pela psicanálise de Freud para a expansão da consciência até a regressão de memória e, posteriormente, a vidas passadas, ocorreram grandes evoluções a respeito, mas é preciso caminhar muito, ainda, para que finalmente corpo e alma entrem em plena conexão.

Embora exista maior divulgação sobre regressões obtidas por intermédio de indução terapêutica, com aplicação de técnicas que promovam estados alterados de consciência, há também aqueles que afirmam terem se recordado de fatos importantes relacionados a existências anteriores através de sonhos. Mas neste caso, vamos abordar apenas as regressões de memória promovidas por especialistas. A terapia utilizada de forma correta e séria possibilita que o paciente, durante as sessões terapêuticas, possa entrar em contato com as lembranças traumáticas que influenciam na atualidade determinados comportamentos, e conseqüentemente, consiga se libertar de padrões estabelecidos em diversas existências.

Os especialistas dizem que a TVP é indicada como um recurso importante na compreensão e superação desses desequilíbrios, mas, assim como qualquer outro tratamento, não funciona como mágica capaz de resolver os problemas de todos os pacientes. Além disso, o tratamento deve ser aplicado por profissionais capacitados e não por qualquer pessoa. É o que alerta a dra. Maria Júlia Peres, considerada a precursora da Terapia de Vidas Passadas no Brasil e fundadora do Instituto Nacional de Pesquisa e Terapia Regressiva Vivencial Peres. Ela associa a terapia cognitivo-comportamental ao uso do estado modificado de consciência, promovido pelo relaxamento físico e mental do paciente. A associação das técnicas permite um processo de auto-resolução dos conflitos interiores e uma reprogramação dos padrões mentais do paciente.

O psiquiatra e conceituado escritor norte-americano, Brian Weiss, especialista em Terapia de Vidas Passadas ressalta, também, sobre o cuidado no momento de escolher o terapeuta adequado, um que saiba diferenciar a imaginação do paciente de uma verdadeira regressão. “Recordo de um paciente que achava que tinha sido Napoleão. Ele via batalhas, uniformes e  estratégias de guerra. Nós checamos e os fatos eram realmente reais, mas ele não foi Napoleão, mas um soldado de seu exército e estava, inclusive, a alguns metros dele. Como na vida atual ele era um pessoa que sentia necessidade de poder, acabou fazendo uma distorção da realidade”, relata.

Em recente visita ao Brasil para o lançamento de seu novo livro, Muitas Vidas Uma Só Alma, Brian Weiss concedeu uma entrevista exclusiva a Revista Cristã de Espiritismo.

Dr. Weiss é o autor de vários livros que bateram recordes de vendas, todos baseados em sua experiência como psiquiatra e terapeuta de vidas passadas. Formado pela Columbia University e pela Yale Medical School, Brian L. Weiss M.D. foi diretor do Departamento de Psiquiatria do Mount Sinai Medical Center em Miami.

O médico, que era cético em relação à existência da reencarnação, diz ter mudado sua visão de vida há 25 anos, após um caso de regressão com uma de suas pacientes, durante uma sessão de hipnose. O caso é relatado no livro Muitas Vidas Muitos Mestres, que se tornou recorde de vendas. A partir desse episódio, Brian Weiss passou a trabalhar com terapia de vidas passadas. Em todos esses anos de experiência, foram mais de quatro mil pacientes atendidos, além de um grande número de palestras por diversos países do mundo.

 

Em geral como é a visão dos americanos em relação à espiritualidade?

Brian Weiss - Está mudando, existem cada vez mais pessoas interessadas no assunto nos EUA. Esse novo conceito vai contra o movimento fundamentalista e ultra-religioso que predomina. Porque religiosidade e espiritualidade são coisas diferentes. A pessoa pode ser extremamente religiosa, mas não ser espiritualizada. Ao mesmo tempo em que cresce o número de pessoas que buscam a espiritualidade, aumenta também a influência, principalmente política, do fundamentalismo, um grupo perigoso, com uma visão fechada a respeito das coisas e que acredita ser dono da verdade. Porém, há nos EUA muitos grupos diferentes, ou seja, diversas correntes de pensamentos.

 

Os americanos falam sobre Espiritismo?

Sim, de certa forma, mas não como no Brasil, onde a crença é centrada na codificação de Kardec. Eles falam sobre espiritualidade, mas em âmbito mais amplo e geral, o que engloba também outras correntes espiritualistas.

 

A influência do Protestantismo também está crescendo nos EUA?

Sem dúvida, está crescendo. Para mim a espiritualidade está diretamente relacionada ao amor, independente da religião. A compaixão, a não-violência e a empatia podem estar presentes em qualquer tradição religiosa. Às vezes, penso que o protestantismo está tentando se tornar um só sistema, o que é perigoso demais, porque faz com que as pessoas deixem de ter a mente aberta e se tornem seguidores sem lógica.

 

Em sua opinião, a Ciência está próxima de provar a existência do espírito?

É difícil medir isso cientificamente, porque hoje em dia tudo é feito com testes de DNA, mas clinicamente é possível verificar um aperfeiçoamento. É fato que existem pessoas se curando de diversos problemas através das memórias de vidas passadas. Quando a pessoa consegue se recordar de uma vida passada, é seu espírito que lembra e não seu corpo, por isso seria difícil comprovar cientificamente, testando-se o cérebro e o DNA. Até agora tem se provado a existência do espírito clinicamente, mas nunca foi utilizado um exame de sangue para isso. Então, ninguém pode provar que funciona através da química cerebral, embora possa ser observada a melhora desses pacientes. É isso que a terapia de vidas passadas e a análise psíquica tem em comum. São técnicas similares que promovem a melhora ou até mesmo, o desaparecimento de sintomas físicos, medos e problemas mentais.

 

O senhor acredita que algum dia as escolas ensinarão aos alunos temas ligados à natureza espiritual como a reencarnação?

Hoje em dia esse é um assunto importante nos EUA. O país tem a tradição de não ensinar religião nas escolas, eles chamam isso de separação entre a Igreja e o Estado. Na minha opinião é provavelmente o melhor caminho, porque a religião está entrando nas escolas de uma forma errada. Talvez, inserir religião na escola seja uma tarefa mais complicada do que tira-la, porque muitas vezes, dirigentes ignorantes querem impor sua religião. Portanto, seria melhor deixar a religião de lado e deixar essa tarefa para os pais.

 

Com relação à regressão, ela pode ocorrer sem a interferência de um terapeuta?

Claro que sim, isso acontece o tempo todo. Podemos nos recordar de vidas passadas de forma detalhada por meio dos sonhos. Pode ocorrer, também, quando a pessoa viaja para algum lugar no qual nunca esteve antes e sabe onde tudo se localiza, como se já estivesse estado lá outras vezes. Então existem os sonhos, as memórias espontâneas e o “déjá vu”, expressão de origem francesa que significa “já visto”.

 

É aconselhável que apenas alguém formado em medicina trabalhe com terapia de vidas passadas ou um médium também atuar nesta área?

São duas coisas diferentes. O médium pode até falar sobre vidas passadas, mas é completamente diferente quando a própria pessoa experimenta e sente novamente as emoções vivenciadas no passado. Nos EUA não temos muitos médiuns, então, não são exatamente eles que fazem isso, mas podem existir pessoas que não possuem treinamento em TVP e isso atrapalha na interpretação de informações. Porque muitos fatos podem ter sentido metafórico ou serem apenas fruto da imaginação. Se o paciente apresentar algum problema psicológico mais significativo, vai precisar de um terapeuta para ajudá-lo a lidar com as emoções revividas.

 

Existe perigo da pessoa não voltar da hipnose adequadamente?

Eu acredito que não, porque mesmo na hipnose, o subconsciente é muito protetor e não permite que aconteça algo que a pessoa não possa lidar.

 

Qual foi sua intenção ao escrever o livro A Cura Através da Terapia de Vidas Passadas?

Foi para mostrar as pessoas e ao meio científico que é possível a cura dessa forma. O livro Muitas Vidas Muitos Mestres teve muita repercussão, especialmente entre a comunidade acadêmica, mas entre os psicólogos e psiquiatras houve muita crítica. Então, quis escrever um livro para mostrar que esse assunto é mais importante e sério do que parece. A obra A Cura Através da Terapia de Vidas Passadas relata vários casos de pessoas que obtiveram melhora por meio da regressão. Mostra, também, para que serve e como fazer. Minha intenção foi permitir que médicos e cientistas entendessem o que é exatamente essa terapia e que realmente existe uma sólida base clínica para isso.

 

Poderia citar algum caso de experiência com regressão a vidas passadas?

Existe um caso famoso sobre uma mulher nos EUA. Ela teve uma memória de uma vida passada na antiga Jerusalém e nessa vida recente, sofreu por dezessete anos com um problema severo de dor nas costas, em conseqüência de um câncer que teve. A cirurgia e os tratamentos radioativos causaram danos em suas costas. Através da lembrança de uma vida passada em Jerusalém e das referências a Jesus nessa época por meio da regressão, ela descreveu sua vida com muitos detalhes. Sua forte dor nas costas desapareceu quando se lembrou desses fatos importantes.

 

E seu livro mais recente, o Muitas Vidas, Uma só Alma, que além de vidas passadas também aborda vidas futuras?

O livro aborda sobre vidas passadas e o processo de cura, mas também sobre vidas futuras. Muitos dos meus pacientes passaram a penetrar no futuro espontaneamente. Eu dizia a eles: “Vá até onde está o problema” e muitas vezes eles se reportavam ao futuro, não apenas ao passado. Eu estava fazendo pesquisa a respeito de sonhos do futuro (pré-cognitivos) e descobri que muitos de meus pacientes que passaram por uma Experiência de Quase-morte desenvolveram a capacidade de sonhar com o futuro. A partir desse fato, cheguei a conclusão de que, se alguns deles, com essas Experiências Quase-morte podiam fazer isso, outros pacientes, através da hipnose, poderiam também e descobri que realmente podem. Muitos dos meus pacientes puderam se reportar não apenas a fatos futuros dessa vida, mas das próximas existências.

 

Mas o futuro é algo dinâmico...

O tempo só existe aqui nesse mundo. Os estudos da física quântica, por exemplo, mostram que existem dimensões paralelas. Tudo é energia.

Eu acredito que quanto mais as pessoas mudam nessa vida, mais suas vidas mudarão, porque o futuro não é fixo. É como admite a física moderna, existem muitos mundos paralelos. Então, passei a trabalhar mais com vidas futuras, porém nunca esquecendo das vidas passadas, porque ambas estão conectadas.

 

Poderia citar algum caso?

Eu fiz muitas pesquisas nessa área, levando indivíduos até o futuro. Posso citar o caso de um pai que estava muito preocupado com sua filha porque ela tinha leucemia. Ele “foi” ao futuro e conseguiu ver seus netos, que seriam filhos dela. Então ele sabia que sua filha iria sobreviver. Ao conseguir vislumbrar o futuro, o pai passou a sentir menos medo, se tornou mais amoroso com a filha e ela respondeu a esse estímulo e realmente obteve a cura.

Outro trabalho que fiz, ainda nesta área, foi levar grupos de pessoas em conferências a um futuro distante. Depois essas pessoas responderam a um questionário relatando suas experiências. Eu fiz isso com milhares de pessoas e chegamos a um consenso desses relatos, principalmente os que dizem respeito a mil anos à frente. Os relatos descreviam um mundo muito bonito, sem doenças, violência e com uma população menos numerosa que atualmente.

É importante ressaltar que no caso de experiências futuras trabalhamos com possibilidades e probabilidades. As pessoas enxergam o futuro mais provável, porque não podemos nos esquecer que temos livre-arbítrio, ou seja, poder de escolha que determinará nosso futuro.

 

Gostaria de deixa uma mensagem aos leitores da Revista Cristã de Espiritismo?

Eu estive em muitos países e acredito que o Brasil seja um dos lugares mais espiritualizados do mundo, mais até do que a Índia, que já foi bastante, mas as coisas mudaram.

Espero que os brasileiros continuem nesse caminho, porque o Brasil pode ser uma luz para o mundo nesses tempos de escuridão. É importante jamais nos esquecermos de que a alma é o que realmente importa, que nossa real natureza é espiritual e não física. Somos seres espirituais e nós vivemos nessa escola por um tempo, mas não há morte, a alma continua sempre viva.

 

 Entrevista publicada na Revista Cristã de Espiritismo, ed. 39.


Escrito por Victor Rebelo e Érika Silveira 

Fonte: http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=257&Itemid=25

XI Conferência Estadual Espírita

Dia 13, sexta-feira, inicia a XI Conferência Estadual Espírita, no Expotrade, em Pinhais, Paraná, com o tema central FAMÍLIA.

 

A Conferência de Abertura será proferida por Divaldo Pereira Franco,  às 20h30.

 

Você, seus familiares, amigos, colegas estão convidados, lembrando que a entrada é franca e o evento tem continuidade no sábado e domingo, com Seminários e Conferência de Raul Teixeira, Divaldo Pereira Franco, Cosme Massi, Sandra Borba Pereira e Alberto Almeida.

 

Detalhes de como chegar ao local e a grade de programação se encontram disponíveis no site da Federação Espírita do Paraná: www.feparana.com.br.

 

Mais informações pelo telefone 41.3223.6174 (horário comercial).

 

Setor de Comunicação Social Espírita da

Federação Espírita do Paraná



domingo, 8 de março de 2009

Ser cristão

             Tempos houve em que ser cristão significava ser alguém portador de grande coragem.


        Alguém que ousava desafiar a autoridade, o poder, a sociedade. Alguém que se importava muito mais em defender os seus princípios, do que a sua própria vida.

        Alguém para quem amar o Cristo significava ir às últimas conseqüências, doando a vida, sacrificando posição social, os próprios seres amados, se necessário.

        Tempo houve em que ser cristão era sinônimo de ser invencível na fé.

        Se a perseguição se fazia devastadora, cristãos enchiam calabouços e anfiteatros, servindo de pasto às feras.

        Serenos entregavam-se ao martírio, com a certeza de que como lenho atirado ao fogo, seus exemplos alimentavam a chama do idealismo que iluminaria a Humanidade.

        A sua fé desafiava o poder vigente que não entendia como podia se enfrentar a morte, entre cânticos de louvor.

        Buscavam as catacumbas para ali, onde muitos celebravam a morte, celebrarem a vida abundante, falando da imortalidade.

        Para iluminar os caminhos escuros, na noite avançada, usavam tochas. E não temiam as estradas desertas para chegar ao local do encontro.

        Nada lhes impedia a manifestação religiosa, na intimidade do coração ou na praça pública.

        O amor era a sua identificação maior. Quando os pais eram trucidados nos circos, os filhos eram adotados pelas demais famílias cristãs.

        Se um companheiro era conduzido ao sacrifício, não faltava quem lhe sussurrasse aos ouvidos ou lhe enviasse uma mensagem:

        Morre em paz. Eu também sou cristão. Tua família encontrará um lar em minha casa.

        Repartiam o pão, o teto, o cobertor. Respirava-se o Evangelho.

        Séculos depois, muitos dos que nos dizemos cristãos mostramos fraqueza nas atitudes e sentimentos mornos.

        Esquecemo-nos das recomendações de Jesus ao dizer que nosso falar deve sersim, sim, não, não. Esquecemo-nos de que o Mestre nos afirmou que seus discípulos seriam conhecidos por muito se amarem.

        Não nos lembramos das exortações de que o Pai trabalha incessantemente, e nos entregamos ao comodismo dos dias.

        Por tudo isso, quando o Natal se aproxima outra vez, é um momento especial para uma rogativa Àquele que é O Caminho, A Verdade e A Vida.

                                                                * * *

        Senhor Jesus!

        Os que Te desejamos servir, Te rogamos alento para nossas lutas, coragem para nossos atos.

        Robustece-nos a fé, que ainda é tão tímida.

        Ampara-nos a vida pela qual tanto tememos.

        Aumenta nossa esperança de dias melhores no amanhã.

        Infunde-nos vigor para as batalhas contra nossas próprias paixões.

        Desejamos estar Contigo e nos sentimos tão distantes.

        Vem até nós, Senhor Jesus.

        Temos sede de bonança, de paz, de alegrias.

        Vem até nós, Amigo Celeste, para que, ouvindo-Te a voz, outra vez, nos possamos decidir por seguir-Te, enfim.

        Permite, Jesus, que esse Teu Natal seja o nosso momento de decisão, para que o novo ano nos encontre com disposição renovada.

        E então, os nossos dias se multipliquem em trabalho, progresso e paz.

        Dias em que, afinal, possamos nos dizer verdadeiros cristãos, Teus irmãos e fiéis seguidores.

Redação do Momento Espírita
Em 03.12.2008.