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domingo, 22 de julho de 2012

Na Propaganda


"E dir-vos-ão: Ei-lo aqui, ou, ei-lo ali; não vades, nem os sigais." - Jesus. (LUCAS, capítulo 17, versículo 23.)
As exortações do Mestre aos discípulos são muito precisas para provocarem qualquer incerteza ou indecisão.

Quando tantas expressões sectárias requisitam o Cristo para os seus desmandos intelectuais, é justo que os aprendizes novos, na luz do Consolador, meditem a elevada significação deste versículo de Lucas.

Na propaganda genuinamente cristã não basta dizer onde está o Senhor. Indispensável é mostrá-lo na própria exemplificação.

Muitos percorrem templos e altares, procurando Jesus.

Mudar de crença religiosa pode ser modificação de caminho, mas pode ser também continuidade de perturbação.

Torna-se necessário encontrar o Cristo no santuário interior.

Cristianizar a vida não é imprimir-lhe novas feições exteriores. É reformá-la para o bem no âmbito particular.

Os que afirmam apenas na forma verbal que o Mestre se encontra aqui ou ali, arcam com profundas responsabilidades. A preocupação de proselitismo ésempre perigosa para os que se seduzem com as belezas sonoras da palavra sem exemplos edificantes.

O discípulo sincero sabe que dizer é fácil, mas que é difícil revelar os propósitos do Senhor na existência própria. É imprescindível fazer o bem, antes de ensiná-lo a outrem, porque Jesus recomendou ninguém seguisse os pregoeiros que somente dissessem onde se poderia encontrar o Filho de Deus.



XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 19.


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Anencéfalo e abortamento - Ricardo Di Bernardi

Inicialmente, lembramos que anencéfalo, embora seja considerado sem cérebro, na realidade é portador de um segmento cerebral estando faltante regiões do cérebro que impossibilitarão sua sobrevivência pós parto. Afim de colocarmos a visão espírita sobre este importante problema exemplificaremos com um caso real. Usaremos nomes fictícios. João e Maria, eram casados há 2 anos. A felicidade havia batido à sua porta. Maria estava grávida. Exultantes procuraram o médico Obstetra para as orientações iniciais. Planos mil ambos estabeleceram. Ao longo dos meses, no entanto, foram surpreendidos , através do estudo ultrassonográfico, da triste notícia de que seu bebê era anencéfalo. Ao serem informados caíram em prantos ao ouvirem a proposta do obstetra lhes oferecendo o abortamento. Posicionaram-se contrários explicando sua visão espírita. -- Trata-se de um ser humano que renasce precisando de muito amor e amparo. Nós estaremos com nosso filho (a) até quando nos for permitido. -- Mas, esta criatura não vai viver além de alguns dias ou semanas na incubadora disse o obstetra. -- Estamos cientes, mas até lá seremos seus pais. Guardavam, também, secretamente, a esperança de que houvesse algum equívoco de diagnóstico que lhes proporcionasse um filho saudável. Durante nove meses dialogaram com seu bebê, intra-útero. Disseram quanto o (a) amavam. Realizaram, semanalmente, a reunião do Evangelho no Lar, solicitando aos mentores a proteção e amparo ao ser que reencarnava. Chegara o grande momento : Em trabalho de parto, Maria adentra a maternidade com um misto de esperança e angústia. A criança nasce; o pai ao ver o filho sofre profundo impacto emocional tendo uma crise de lipotímia. O bebê anencéfalo sobrevive na incubadora com oxigênio, 84 horas. Há um triste retorno ao lar. Passam-se aproximadamente 2 anos do pranteado evento. João e Maria, trabalhadores do instituto de cultura espírita de sua cidade freqüentavam na mencionada instituição, reunião mediúnica quando uma médium em desdobramento consciente informa ao coordenador do grupo: -- Há um espírito de uma criança que deseja se comunicar. -- Que os médiuns facilitem o transe psicofônico para a atendermos - responde o dirigente. Após alguns segundos, uma experiente médium dá a comunicação: -- Boa noite, meu nome é Shirley venho abraçar papai e mamãe. -- Quem é seu papai e sua mamãe ? -- São aqueles dois - disse apontando João e Maria. -- Seja bem vinda Shirley, muita paz! que tens a dizer ? -- Quero agradecer a papai e mamãe todo o amor que me dedicaram durante a gravidez, sim, eu era aquele anencéfalo. -- Mas você está linda agora. -- Graças as energias de amor recebidas, graças ao Evangelho no Lar, que banharam meu corpo espiritual durante todo aquele tempo. -- Como se operou esta mudança ? -- Tive permissão para esta mensagem pelo alcance que a mesma poderá ter a outras pessoas. Eu possuía meu corpo espiritual muito doente, deformado pelo meu passado cheio de equívocos. Fui durante nove meses envolvida em luz . Uma verdadeira cromoterapia mental que gradativamente passou a modificar meu corpo astral (perispírito). Os diálogos que meus pais tiveram comigo foram uma intensa educação pré-natal que muito contribuíram para meu tratamento. Eu expiei, no verdadeiro sentido da palavra. Expiar é como expirar, colocar para fora o que não é bom . Eu drenei as minhas deformidades perispirituais para meu corpo físico e fui me libertando das minhas deformidades. Como meus pais foram generosos. Meu amor por eles será eterno. -- Por que estás na forma de uma criança, já que te expressas tão inteligentemente ? -- Por que estou em preparo para o retorno. Dizem meus instrutores que tenho permissão para informar. Meus pais tem o merecimento de saber. Devo renascer como filha deles, normal, talvez no próximo ano. Após dois anos renasceu Shirley, que hoje é uma linda menina de olhos verdes e cabelos castanhos, espírito suave e encantador. http://www.espirito.org.br/portal/artigos/bernardi/anencefalo-e-abortamento.html

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Haroldo Dutra Dias


A Federação Espírita do Rio grande do Norte - FERN, tem a honra de convidá-los para o Workshop "O Espiritismo e as Grandes Transições" com o o juiz, escritor e palestrante Haroldo Dutra Dias, renomado conferencista Espírita, conhecido nacional e internacionalmente pela profundidade de seus conhecimentos evangélicos.

O Evento será no dia 29/07/2012, a partir das 8h no Teatro Alberto Maranhão.

Haroldo vem realizar o lançamento de seu DVD - " A Caminho da Luz", primeiro seminário litero musical, baseado na obra de mesmo título de Chico Xavier.

Vagas Limitadas !!!

400 primeiras vagas com direito ao DVD "A Caminho da Luz".

As inscrições para o Workshop estão sendo realizadas na livraria da FERN.


Maiores Informações na livraria da FERN  /  (84)3211-8518  /  www.fern.org.br

A Virtude


A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que
constituem o homem de bem. Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades
do homem virtuoso. Infelizmente, quase sempre as acompanham pequenas enfermidades
morais que as desornam e atenuam. Não é virtuoso aquele que faz ostentação da sua virtude,
pois que lhe falta a qualidade principal: a modéstia, e tem o vício que mais se lhe opõe: o
orgulho. A virtude, verdadeiramente digna desse nome, não gosta de estadear-se. Adivinhamna;
ela, porém, se oculta na obscuridade e foge à admiração das massas. S. Vicente de Paulo
era virtuoso; eram virtuosos o digno cura d'Ars e muitos outros quase desconhecidos do
mundo, mas conhecidos de Deus. Todos esses homens de bem ignoravam que fossem
virtuosos; deixavam-se ir ao sabor de suas santas inspirações e praticavam o bem com
desinteresse completo e inteiro esquecimento de si mesmos.

À virtude assim compreendida e praticada é que vos convido, meus filhos; a essa
virtude verdadeiramente cristã e verdadeiramente espírita é que vos concito a consagrar-vos.
Afastai, porém, de vossos corações tudo o que seja orgulho, vaidade, amor-próprio, que
sempre desadornam as mais belas qualidades. Não imiteis o homem que se
apresenta como modelo e trombeteia, ele próprio, suas qualidades a todos os ouvidos
complacentes. A virtude que assim se ostenta esconde muitas vezes uma imensidade de
pequenas torpezas e de odiosas covardias.

Em princípio, o homem que se exalça, que ergue uma estátua à sua própria virtude,
anula, por esse simples fato, todo mérito real que possa ter. Entretanto, que direi daquele cujo
único valor consiste em parecer o que não é? Admito de boamente que o homem que pratica
o bem experimenta uma satisfação íntima em seu coração; mas, desde que tal satisfação se
exteriorize, para colher elogios, degenera em amor-próprio.

O vós todos a quem a fé espírita aqueceu com seus raios, e que sabeis quão longe da
perfeição está o homem, jamais esbarreis em semelhante escolho. A virtude é uma graça que
desejo a todos os espíritas sinceros. Contudo, dir-lhes-ei: Mais vale pouca virtude com
modéstia, do que muita com orgulho. Pelo orgulho é que as humanidades sucessivamente se
hão perdido; pela humildade é que um dia elas se hão de redimir. François-Nicolas-
Madeleine. (Paris, 1863.)

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 17.  item 8. Livro eletrônico gratuito em  http://www.febnet.org.br.


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Perdão. Caminho para libertação do espírito


Será realizado nos dias 21 e 22 de julho, a partir das 8h, na sede do Grupo Caritativo São Francisco de Assis em Lagoa do Cosme, Ceará-Mirim, o seminário Perdão. Caminho para libertação do espírito, que terá como expositores Elizabete Diniz (RN), José Otávio (PB), Rossandro Klinjey (PB) e Sílvio Romero (PE).
 
As senhas estão à venda ao preço de R$ 15,00 (valor que dará direito a entrada aos dois dias de evento) na loja Millennium Decorações, na avenida Nascimento Castro, 1805 lj 5 (Lateral da Conjol da Prudente), no bairro Lagoa Nova, em Natal. Tel: (84) 3206-3718

domingo, 8 de julho de 2012

Dor e Coragem

Na Terra todos temos inimigos. Todos, sem exceção. Até Jesus os teve. Mas isso não é importante. Importante é não ser inimigo de ninguém, tendo dentro da alma a dúlcida presença do incomparável Rabi, compreendendo que o nosso sentido psicológico é o de amar indefinidamente.

Estamos no processo da reencarnação para sublimar os sentimentos. Por necessidade da própria vida, a dor faz parte da jornada que nos levará ao triunfo.

É inevitável que experimentemos lágrimas e aflições. Mas elas constituem refrigério para os momentos de desafio. Filhos da alma, filhos do coração!

O Mestre Divino necessita de nós na razão direta em que necessitamos dEle. Não permitamos que se nos aloje no sentimento a presença famigerada da vingança ou dos seus áulicos: o ressentimento, o desejo de desforçar-se, as heranças macabras do egoísmo, da presunção, do narcisismo. Todos somos frágeis. Todos atravessamos os picos da glória mas, também, os abismos da dor.

Mantenhamo-nos vinculados a Jesus. Ele disse que o Seu fardo é leve, o Seu jugo é suave. Como nos julga Jesus? Julga-nos através da misericórdia e da compaixão.

...E o Seu fardo é o esforço que devemos empreender para encontrar a plenitude.

Ide de retorno a vossos lares e levai no recôndito dos vossos corações a palavra libertadora do amor. Nunca revidar mal por mal. A qualquer ofensa, o perdão. A qualquer desafio, a dedicação fraternal. O Mestre espera que contribuamos em favor do mundo melhor, com um sorriso gentil, uma palavra amiga, um aperto de mão.

Há tanta dor no mundo, tanta balbúrdia para esconder a dor, tanta violência gerando a dor, que é resultado das dores íntimas.

Eis que Eu vos mando como ovelhas mansas ao meio de lobos rapaces, disse Jesus. Mas virá um dia, completamos nós outros, que a ovelha e o lobo beberão a mesma água do córrego, juntos, sem agressividade.

Nos dias em que o amor enflorescer no coração da Humanidade, então, não haverá abismo, nem sofrimento, nem ignorância, porque a paz que vem do conhecimento da Verdade tomará conta de nossas vidas e a plenitude nos estabelecerá o Reino dos Céus.

Que o Senhor vos abençoe , filhas e filhos do coração, são os votos do servidor humílimo e paternal, em nome dos Espíritos-espíritas que aqui estão participando deste encontro de fraternidade.

Muita paz, meus filhos, são os votos do velho amigo,

Bezerra.

Divaldo Pereira Franco. Pelo Espírito Bezerra de Menezes. Psicofonia de Divaldo Pereira Franco, em 25 de setembro de 2011, na Creche Amélia Rodrigues, em Santo André ? SP. Fonte: http://www.divaldofranco.com/mensagens.php?not=273.


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XIV ENTRENAT.

Você que em 2011 participou do XIII ENTRENAT (Encontro dos Trabalhadores Espíritas de Natal), está sendo convidada(o) para participar do XIV ENTRENAT.

 Para se inscrever acesse o Site: www.entrenat.com
ou procure o formulário de inscrição na Livraria da FERN ou em qualquer Casa Espírita.

 Caso ainda não conheça o Evento, aproveite o ensejo e se inscreva agora.

FERN/CRENATAL (Comissão Regional Espírita de Natal)

Ricardo Torres (Secretário).

O Homem de Bem

O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.

Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.

Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.

Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.

Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.

Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.

O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.

Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam.

Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.

Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.

É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado."

Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.

Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.

Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.

Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.

Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.

Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.

O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente.

Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus.

Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Livro eletrônico gratuito em  http://www.febnet.org.br.


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terça-feira, 3 de julho de 2012

Os Bons Espíritas

Bem compreendido, mas sobretudo bem sentido, o Espiritismo leva aos resultados
acima expostos, que caracterizam o verdadeiro espírita, como o cristão verdadeiro, pois que
um o mesmo é que outro. O Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas facilita aos
homens a inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida aos que
duvidam ou vacilam.

Muitos, entretanto, dos que acreditam nos fatos das manifestações não lhes apreendem
as conseqüências, nem o alcance moral, ou, se os apreendem, não os aplicam a si mesmos. A
que atribuir isso? A alguma falta de clareza da Doutrina? Não, pois que ela não contém
alegorias nem figuras que possam dar lugar a falsas interpretações. A clareza e da sua
essência mesma e é donde lhe vem toda a força, porque a faz ir direito à inteligência. Nada
tem de misteriosa e seus iniciados não se acham de posse de qualquer segredo, oculto ao
vulgo.

Será então necessária, para compreendê-la, uma inteligência fora do comum? Não,
tanto que há homens de notória capacidade que não a compreendem, ao passo que
inteligências vulgares, moços mesmo, apenas saídos da adolescência, lhes apreendem, com
admirável precisão, os mais delicados matizes. Provém isso de que a parte por assim dizer
material da ciência somente requer olhos que observem, enquanto a parte essencial exige um
certo grau de sensibilidade, a que se pode chamar maturidade do senso moral, maturidade que
independe da idade e do grau de instrução, porque é peculiar ao desenvolvimento, em sentido
especial, do Espírito encarnado.

Nalguns, ainda muito tenazes são os laços da matéria para permitirem que o Espírito
se desprenda das coisas da Terra; a névoa que os envolve tira-lhes a visão do infinito, donde
resulta não romperem facilmente com os seus pendores nem com seus hábitos, não
percebendo haja qualquer coisa melhor do que aquilo de que são dotados. Têm a crença nos
Espíritos como um simples fato, mas que nada ou bem pouco lhes modifica as tendências
instintivas. Numa palavra: não divisam mais do que um raio de luz, insuficiente a guiá-los e a
lhes facultar uma vigorosa aspiração, capaz de lhes sobrepujar as inclinações. Atêm-se mais
aos fenômenos do que a moral, que se lhes afigura cediça e monótona. Pedem aos Espíritos
que incessantemente os iniciem em novos mistérios, sem procurar
saber se já se tornaram dignos de penetrar Os arcanos do Criador. Esses são os espíritas
imperfeitos, alguns dos quais ficam a meio caminho ou se afastam de seus irmãos em crença,
porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou então guardam as suas simpatias para
os que lhes compartilham das fraquezas ou das prevenções. Contudo, a aceitação do princípio
da doutrina é um primeiro passo que lhes tornará mais fácil o segundo, noutra existência.

Aquele que pode ser, com razão, qualificado de espírita verdadeiro e sincero, se acha
em grau superior de adiantamento moral. O Espírito, que nele domina de modo mais
completo a matéria, dá-lhe uma percepção mais clara do futuro; os princípios da Doutrina lhe
fazem vibrar fibras que nos outros se conservam inertes. Em suma: é tocado no coração, pelo
que inabalável se lhe torna a fé. Um é qual músico que alguns acordes bastam para comover,
ao passo que outro apenas ouve sons. Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua
transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.
Enquanto um se contenta com o seu horizonte limitado, outro, que apreende alguma coisa de
melhor, se esforça por desligar-se dele e sempre o consegue, se tem firme a vontade.

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 17.


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A Receita da Felicidade

Tadeu, que era dos comentaristas mais inflamados, no culto da Boa Nova, em casa de Pedro, entusiasmara-se na reunião, relacionando os imperativos da felicidade humana e clamando contra os dominadores de Roma e contra os rabinos do Sinédrio.

Tocado de indisfarçável revolta, dissertou largamente sobre a discórdia e o sofrimento reinantes no povo, situando-lhes a causa nas deficiências políticas da época, e, depois que expendeu várias considerações preciosas, em torno do assunto, Jesus perguntou-lhe:

- Tadeu, como interpreta você a felicidade?

- Senhor, a felicidade é a paz de todos.

O Cristo estampou significativa expressão fisionômica e ponderou:

- Sim, Tadeu, isto não desconheço; entretanto, estimaria saber como se sentiria você realmente feliz.

O discípulo, com algum acanhamento, enunciou:

- Mestre, suponho que atingiria a suprema tranqüilidade se pudesse alcançar a compreensão dos outros.

Desejo, para esse fim, que o próximo me não despreze as intenções nobres e puras.

Sei que erro, muitas vezes, porque sou humano; entretanto, ficaria contente se aqueles que convivem comigo me reconhecessem o sincero propósito de acertar.

Respiraria abençoado júbilo se pudesse confiar em meus semelhantes, deles recebendo a justa consideração de que me sinta credor, em face da elevação de meu ideal.

Suspiro pelo respeito de todos, para que eu possa trabalhar sem impedimentos.

Regozijar-me-ia se a maledicência me esquecesse.

Vivo na expectativa da cordialidade alheia e julgo que o mundo seria um paraíso se as pessoas da estrada comum se tratassem de acordo com o meu anseio honesto de ser acatado pelos demais.

A indiferença e a calúnia doem-me no coração.

Creio que o sarcasmo e a suspeita foram organizados pelos Espíritos das trevas, para tormento das criaturas.

A impiedade é um fel quando dirigida contra mim, a maldade é um fantasma de dor quando se põe ao meu encontro.

Em razão de tudo isso, sentir-me-ia venturoso se os meus parentes, afeiçoados e conterrâneos me buscassem, não pelo que aparento ser nas imperfeições do corpo, mas pelo conteúdo de boa-vontade que presumo conservar em minhalma.

Acima de tudo, Senhor, estaria sumamente satisfeito se quantos peregrinam comigo me concedessem direito de experimentar livremente o meu gênero de felicidade pessoal, desde que me sinta aprovado pelo código do bem, no campo de minha consciência, sem ironias e críticas descabidas.

Resumindo, Mestre, eu queria ser compreendido, respeitado e estimado por todos, embora não seja, ainda, o modelo de perfeição que o Céu espera de mim, com o abençoado concurso da dor e do tempo.

Calou-se o apóstolo e esboçou-se, na sala singela, incontido movimento de curiosidade ante a opinião que o Cristo adotaria.

Alguns dos companheiros esperavam que o Amigo Celeste usasse o verbo em comprida dissertação, mas o Mestre fixou os olhos muito límpidos no discípulo e falou com franqueza e doçura:

- Tadeu, se você procura, então, a alegria e a felicidade do mundo inteiro, proceda para com os outros, como deseja que os outros procedam para com você. E caminhando cada homem nessa mesma norma, muito breve estenderemos na Terra as glórias do Paraíso.

XAVIER, Francisco Cândido. Jesus no Lar. Pelo Espírito Neio Lúcio. FEB.


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Que é a Carne?

"Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito." - Paulo. (GÁLATAS, capítulo 5, versículo 25.)
Quase sempre, quando se fala de espiritualidade, apresentam-se muitas pessoas que se queixam das exigências da carne.

É verdade que os apóstolos muitas vezes falaram de concupiscências da carne, de seus criminosos impulsos e nocivos desejos. Nós mesmos, freqüentemente, nos sentimos na necessidade de aproveitar o símbolo para tornar mais acessíveis as lições do Evangelho. O próprio Mestre figurou que o espírito, como elemento divino, é forte, mas que a carne, como expressão humana, é fraca.

Entretanto, que é a carne?

Cada personalidade espiritual tem o seu corpo fluídico e ainda não percebestes, porventura, que a carne é um composto de fluídos condensados? Naturalmente, esses fluídos, em se reunindo, obedecerão aos imperativos da existência terrestre, no que designais por lei de hereditariedade; mas, esse conjunto é passivo e não determina por si. Podemos figurá-lo como casa terrestre, dentro da qual o espírito é dirigente, habitação essa que tomará as características boas ou más de seu possuidor.

Quando falamos em pecados da carne, podemos traduzir a expressão por faltas devidas à condição inferior do homem espiritual sobre o planeta.

Os desejos aviltantes, os impulsos deprimentes, a ingratidão, a má-fé, o traço do traidor, nunca foram da carne.

É preciso se instale no homem a compreensão de sua necessidade de autodomínio, acordando-lhe as faculdades de disciplinador e renovador de si mesmo, em Jesus-Cristo.

Um dos maiores absurdos de alguns discípulos é atribuir ao conjunto de células passivas, que servem ao homem, a paternidade dos crimes e desvios da Terra, quando sabemos que tudo procede do espírito.



XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 13.


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3º Workshop Espírita da Zona Norte será realizado no dia 8 de julho, das 8h às 17h, no Complexo Cultural de Natal . O tema do evento será "O Cristianismo esquecido" e terá como facilitador o expositor e médium baiano Marcel Mariano.
As senhas já estão à venda ao preço de 10 reais. Informações: FERN: 3211-8518  e  pelo celular  9971-9340
O Núcleo Espírita Dr. Juca, da cidade de Arez, comemorá o seu aniversário com uma programação de palestras especiais, durante todo o mês de julho.
01 de julho - O Homem e o Evangelho - Sandra Borba08 de julho - Jesus e a transição planetária - Eden Lemos15 de julho - Será que o mundo vai acabar? - Hércules Bruno22 de julho - Sinais dos tempos - Jomar Morais29 de julho - Jesus voltará? - Nilo Hemerenciano
O Núcleo Espírita Dr. Juca é dirigido por Francisco Ferreira Xixi, ex-presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Norte